Surto de Coqueluche no Brasil: Entenda os Sintomas, Tratamento e a Importância da Vacinação

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Principais Conclusões

• O Brasil enfrenta um aumento nos casos de coqueluche, revertendo uma tendência de queda.
• A redução da vacinação durante a pandemia de COVID-19 pode ter contribuído para o surto.
• Bebês não vacinados ou com vacinação incompleta correm maior risco.
• A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e transmitida por gotículas respiratórias.
• A doença evolui em três fases: catarral, paroxística e de convalescença, com sintomas distintos.
• A vacinação é a principal forma de prevenção.

O Brasil enfrenta atualmente um significativo surto de coqueluche, uma doença infecciosa que tem gerado preocupação crescente entre autoridades de saúde e profissionais médicos. Este aumento de casos reverte uma tendência anterior de queda, possivelmente impactada pela redução das taxas de vacinação durante a pandemia de COVID-19, tornando-se especialmente alarmante devido ao risco elevado para bebês não vacinados ou com esquema vacinal incompleto.

Neste artigo abrangente, vamos explorar detalhadamente o que é a coqueluche, seus sintomas característicos, como é feito o diagnóstico, quais são as opções de tratamento disponíveis e, crucialmente, como prevenir esta doença potencialmente grave através da vacinação.

O que é Coqueluche?

A coqueluche, também conhecida como pertussis ou “tosse comprida”, é uma doença infecciosa aguda altamente transmissível que afeta o sistema respiratório, especificamente a traqueia e os brônquios. Causada pela bactéria Bordetella pertussis, essa infecção se caracteriza principalmente por episódios graves de tosse.

A transmissão ocorre através do contato direto com gotículas respiratórias eliminadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. A bactéria se aloja na garganta do indivíduo infectado, tornando-o altamente contagioso, especialmente durante a fase inicial da doença.

O período de incubação (tempo entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas) geralmente varia de 7 a 10 dias, podendo se estender até 21 dias em alguns casos.

Coqueluche Sintomas: Como Reconhecer a Doença

A coqueluche se desenvolve em três fases distintas, cada uma com características próprias:

1. Fase Catarral (1-2 semanas)

• Sintomas iniciais leves e semelhantes a um resfriado comum
• Febre baixa
• Coriza
• Mal-estar geral
• Tosse seca leve que piora progressivamente
• Importante: Esta é a fase de maior transmissibilidade

É crucial diferenciar os sintomas da coqueluche de outras infecções respiratórias, como a gripe, para garantir um diagnóstico e tratamento adequados. Para mais informações sobre os sintomas da gripe, veja este artigo: Gripe: sintomas, tratamento e prevenção.

2. Fase Paroxística (2-6 semanas ou mais)

• Acessos de tosse severos, súbitos e incontroláveis (paroxismos)
• Tosse em “salvas” seguida por inspiração forçada e prolongada
• Som característico de “guincho” (mais comum em crianças)
• Vômitos frequentes após os acessos de tosse
• Exaustão pós-crise

Em bebês pequenos, os sintomas podem ser diferentes e mais preocupantes:

• Ausência do “guincho” característico
• Engasgos frequentes
• Cianose (pele azulada/arroxeada)
• Apneia (pausas perigosas na respiração)

A dificuldade para respirar, especialmente em bebês, pode ser assustadora e exige atenção imediata. Outras causas de falta de ar podem ser encontradas aqui: Falta de ar: o que pode ser?.

3. Fase de Convalescença (semanas a meses)

• Diminuição gradual dos acessos de tosse
• Tosse persistente por período prolongado
• Possível piora temporária com outras infecções respiratórias

É importante observar que a tosse persistente pode ser um sintoma comum de várias condições respiratórias, incluindo a bronquiolite, especialmente em bebês e crianças pequenas. Para entender mais sobre a bronquiolite, seus sintomas e tratamento, você pode consultar este artigo: Bronquiolite: sintomas, tratamento (guia completo).

Perguntas Frequentes