Sintomas Atuais Dengue Alerta: Guia Completo 2024 para Reconhecer Sinais de Perigo no Brasil

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Principais Conclusões

• O Brasil enfrenta uma epidemia recorde de dengue em 2024, com alta de casos e óbitos.
• Sintomas clássicos incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e manchas na pele.
• A fase mais perigosa é após a febre baixar, quando podem surgir sinais de alarme.
• Sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, tontura, letargia) exigem atendimento médico urgente.
• Crianças pequenas precisam de atenção especial, pois podem apresentar sinais de gravidade de forma diferente.
• Hidratação abundante e repouso são cruciais; evitar AAS e anti-inflamatórios é fundamental.
• A prevenção focada na eliminação de criadouros do mosquito é a melhor estratégia.

Índice

• Introdução: Alerta Dengue 2024 no Brasil
• Entendendo a Epidemia de Dengue no Brasil em 2024
• Sintomas Comuns da Dengue Observados em 2024
• Os Sinais de Alarme da Dengue: Atenção Redobrada Após a Febre!
• Evolução para Dengue Grave (Antiga “Dengue Hemorrágica”)
• Quando Procurar Atendimento Médico Urgente?
• Atenção Especial às Crianças: Sintomas Perigosos
• Dengue, Zika ou Chikungunya? Entenda as Diferenças
• Prevenção e Cuidados Gerais: O Que Fazer?
• Conclusão: Informação e Ação Rápida Salvam Vidas
• Perguntas Frequentes (FAQ)

Introdução: Alerta Dengue 2024 no Brasil

Os sintomas atuais dengue alerta estão no centro das preocupações de saúde pública no Brasil em 2024. O país enfrenta uma epidemia de dengue sem precedentes, com números que quebram recordes históricos tanto de casos quanto de óbitos. A situação é tão grave que diversos estados e municípios já decretaram estado de emergência em saúde.

Essa explosão de casos tem sido alimentada por uma combinação de fatores. Condições climáticas favoráveis ao mosquito Aedes aegypti, como calor intenso e chuvas frequentes, criaram o ambiente perfeito para sua proliferação. Além disso, a circulação simultânea de múltiplos sorotipos do vírus da dengue (DENV-1 e DENV-2 sendo os mais comuns, mas com DENV-3 e DENV-4 também presentes ou reemergindo) complica o cenário imunológico da população.

Diante dessa realidade alarmante, ter acesso a informações corretas e agir rapidamente é mais crucial do que nunca. Saber reconhecer os sintomas, especialmente os sinais de perigo, e entender quando procurar ajuda médica pode ser a diferença entre uma recuperação tranquila e complicações graves, ou até mesmo a morte.

Este guia detalhado foi criado para fornecer informações atualizadas sobre os sintomas da dengue observados em 2024 no Brasil. Nosso foco principal será nos sinais de alarme que indicam a necessidade de atenção médica imediata, capacitando você a proteger a si mesmo e sua família.

Entendendo a Epidemia de Dengue no Brasil em 2024: Um Cenário Preocupante

A dimensão da epidemia de dengue no Brasil em 2024 é verdadeiramente assustadora. Os dados oficiais mostram que o número de casos prováveis e de óbitos confirmados já superou, em poucos meses, os registros de anos anteriores completos, configurando um recorde histórico para o período analisado.

A principal fonte para acompanhar essa evolução é o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Este painel oferece um mapa atualizado casos dengue Brasil. Até meados de maio de 2024 (data de referência para esta postagem, verifique os dados mais recentes no link abaixo), o país já havia registrado mais de 4 milhões de casos prováveis de dengue. O número de óbitos confirmados ultrapassava 2 mil, com muitos outros ainda em investigação.

• Nota: Os números exatos mudam diariamente. Consulte o painel oficial para os dados mais recentes:
  • *\[Instrução para o escritor: Encontre e insira aqui o link oficial e atualizado do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde do Brasil]* (Nota: Mantendo a instrução original, pois não me foi solicitado encontrar este link externo)

Inicialmente, as regiões Sudeste e Centro-Oeste foram as mais atingidas, concentrando a maior parte dos casos. No entanto, a doença tem se espalhado rapidamente por todo o território nacional, com um avanço significativo observado também na região Sul, que historicamente registrava menos casos.

Este cenário de alta transmissão e ampla distribuição geográfica sobrecarrega os serviços de saúde e exige uma vigilância constante por parte das autoridades e da população. A resposta rápida e o manejo adequado dos casos são fundamentais para tentar mitigar o impacto devastador desta epidemia.

Sintomas Comuns da Dengue Observados em 2024: O Início Clássico

Apesar da gravidade da epidemia atual, é importante saber que a maioria dos casos de dengue começa com um quadro de sintomas clássicos e bem conhecidos. Reconhecer esses sinais iniciais é o primeiro passo para buscar orientação e monitoramento adequados. Os sintomas mais comuns observados na epidemia de 2024 incluem:

• Febre Alta: Este é frequentemente o primeiro sinal. A febre surge de forma súbita e costuma ser alta, geralmente entre 39°C e 40°C. Sua duração típica é de 2 a 7 dias.
• Dor de Cabeça Intensa: Uma dor de cabeça forte é muito característica. Muitas vezes, ela se localiza na parte da frente da cabeça (frontal) ou atrás dos olhos (retro-orbital).
• Dores no Corpo e Articulações: Dores generalizadas e intensas nos músculos (mialgia) e nas articulações (artralgia) são marcas registradas da dengue. Muitas pessoas descrevem uma sensação de “quebra ossos”.
• Manchas Vermelhas na Pele: Conhecidas como rash cutâneo ou exantema, essas manchas podem aparecer a partir do terceiro ou quarto dia de doença. Elas costumam ser maculopapulares (manchas vermelhas com pequenas elevações) e podem, ou não, vir acompanhadas de coceira leve.
• Fadiga e Mal-estar: Uma sensação avassaladora de cansaço, prostração e fraqueza geral é comum. A pessoa sente-se sem energia para realizar suas atividades normais.
• Outros Sintomas Possíveis: Náuseas, vômitos e uma dor abdominal leve podem ocorrer no início do quadro. É crucial não confundir esses sintomas iniciais com os sinais de alarme que podem surgir posteriormente.

É fundamental entender que esses são os sintomas da fase febril da dengue. Embora incômodos, eles geralmente não representam o maior perigo. A atenção deve ser redobrada para a fase seguinte da doença, que ocorre justamente quando a febre começa a diminuir.

Os Sinais de Alarme da Dengue: Atenção Redobrada Após a Febre!

A fase mais crítica e perigosa da dengue geralmente não é durante o pico da febre, mas sim quando ela começa a ceder, o que acontece entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas. É nesse período que podem surgir os chamados sinais de alarme dengue ministério da saúde, indicando um risco aumentado de evolução para formas graves da doença. Reconhecer esses sinais rapidamente é vital.

O Ministério da Saúde define claramente quais são esses sinais de alarme. A presença de qualquer um deles exige a busca imediata por atendimento médico de urgência. São eles:

• Dor Abdominal Intensa e Contínua: Uma dor na barriga (abdômen) que é muito forte e não melhora com analgésicos comuns. Pode ser sentida em toda a barriga ou em uma parte específica.
• Vômitos Persistentes: Vomitar várias vezes ao dia, de forma que a pessoa não consegue manter líquidos ou alimentos no estômago. Isso leva a um risco altíssimo de desidratação.
• Acúmulo de Líquidos: O corpo começa a acumular líquidos fora dos vasos sanguíneos. Isso pode ser percebido como inchaço (edema) nas pernas, tornozelos, mãos ou barriga (ascite). Também pode ser detectado em exames de imagem, como líquido ao redor do pulmão (derrame pleural).
• Hipotensão Postural e/ou Lipotimia: Sentir tontura forte, vertigem ou a sensação de que vai desmaiar, especialmente ao ficar de pé rapidamente. Isso pode indicar que a pressão arterial está caindo.
• Letargia ou Irritabilidade: Uma alteração significativa no estado mental. A pessoa pode ficar excessivamente sonolenta, difícil de acordar (letargia), ou, ao contrário, muito agitada e irritada (irritabilidade), de forma incomum.
• Hepatomegalia Dolorosa: O fígado aumenta de tamanho e fica dolorido quando o médico o apalpa durante o exame físico.
• Sangramentos de Mucosas: Qualquer sangramento vindo das mucosas é um sinal de alerta. Isso inclui sangramento pelo nariz (epistaxe), nas gengivas (mesmo ao escovar os dentes levemente), sangramento vaginal fora do período menstrual, ou a presença de sangue no vômito (hematêmese) ou nas fezes (melena – fezes pretas e pegajosas, ou sangue vivo). Pequenos pontos vermelhos na pele (petéquias) podem ocorrer, mas sangramentos mais evidentes são preocupantes.
• Aumento Progressivo do Hematócrito: Este sinal é detectado através de um exame de sangue (hemograma). O hematócrito mede a concentração de glóbulos vermelhos no sangue. Quando ele aumenta progressivamente, indica que o plasma (a parte líquida do sangue) está vazando dos vasos sanguíneos para outras partes do corpo (extravasamento plasmático), o que é um sinal de gravidade.

Reforçando: não é preciso ter todos esses sinais. A presença de apenas um deles já é suficiente para classificar o caso como “Dengue com Sinais de Alarme” e indica a necessidade urgente de avaliação e, provavelmente, internação hospitalar para monitoramento e tratamento adequados.

Evolução para Dengue Grave (Antiga “Dengue Hemorrágica”): Entendendo o Risco

Por muitos anos, as formas mais perigosas da dengue foram chamadas de “dengue hemorrágica”. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde atualizaram essa classificação. Hoje, falamos em “Dengue com Sinais de Alarme” (como vimos na seção anterior) e “Dengue Grave”. Mesmo assim, muitas pessoas ainda buscam por dengue hemorrágica sintomas 2024, e é importante entender que esse termo se refere a esses quadros mais graves.

O principal problema na evolução para a Dengue Grave é o extravasamento plasmático. Isso significa que a parte líquida do sangue (o plasma) começa a escapar dos vasos sanguíneos para os tecidos e cavidades do corpo. Esse vazamento causa dois problemas principais:

1. Hemoconcentração: Com a perda de plasma, o sangue fica mais concentrado, o que é medido pelo aumento do hematócrito no exame de sangue.
2. Hipovolemia: A perda de volume dentro dos vasos sanguíneos pode levar a uma queda drástica da pressão arterial e à falha circulatória, conhecida como choque hipovolêmico.

A Dengue Grave se manifesta através de uma ou mais das seguintes condições:

• Choque: É a falência do sistema circulatório. Os sinais incluem pulso rápido e fraco, pressão arterial muito baixa (ou indetectável), pele fria e pegajosa, palidez, e enchimento capilar lento (quando se pressiona a unha, demora mais de 2 segundos para voltar a cor normal). O choque por dengue pode levar rapidamente à morte se não for tratado agressivamente com reposição de líquidos intravenosos.
• Acúmulo de Líquidos com Desconforto Respiratório: O extravasamento de plasma pode levar a um grande acúmulo de líquido no abdômen (ascite) ou ao redor dos pulmões (derrame pleural), causando dificuldade para respirar e dor no peito.
• Sangramento Grave: Embora nem toda Dengue Grave tenha sangramentos massivos, eles podem ocorrer e ser clinicamente significativos, como vômitos com grande quantidade de sangue, fezes com muito sangue, ou outros sangramentos que coloquem a vida do paciente em risco.
• Comprometimento Grave de Órgãos: O vírus da dengue ou a resposta inflamatória do corpo podem atacar diretamente órgãos vitais, causando:
  • Miocardite: Inflamação do músculo do coração.
  • Encefalite: Inflamação do cérebro.
  • Hepatite Grave: Lesão severa no fígado, que pode levar à icterícia (pele e olhos amarelados) e insuficiência hepática.
  • Insuficiência Renal Aguda: Mau funcionamento dos rins.

É crucial entender que os sinais de alarme (listados na seção anterior) são os precursores da Dengue Grave. Identificá-los precocemente e buscar ajuda médica imediata é a melhor chance de evitar que o quadro evolua para essas complicações potencialmente fatais. A internação hospitalar para monitoramento e tratamento intensivo é essencial nesses casos.

Quando Procurar Atendimento Médico Urgente? A Regra de Ouro

A pergunta fundamental para quem suspeita estar com dengue é: quando procurar médico dengue? A resposta envolve duas etapas:

1. Diagnóstico Inicial e Orientações: Toda pessoa que apresentar sintomas compatíveis com dengue (febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, etc.) deve procurar uma unidade de saúde (posto de saúde, UPA, hospital) o quanto antes. Lá, o profissional de saúde poderá fazer uma avaliação inicial, confirmar a suspeita, fornecer orientações essenciais – principalmente sobre hidratação intensa – e classificar o risco do caso.
2. URGÊNCIA ABSOLUTA: A busca por atendimento médico de URGÊNCIA (pronto-socorro ou hospital) torna-se OBRIGATÓRIA E IMEDIATA assim que for identificado QUALQUER UM dos sinais de alarme que detalhamos na Seção 3.

Vamos recapitular os principais sinais que exigem corrida para o hospital:

• Dor abdominal forte e que não passa.
• Vômitos que não param e impedem a hidratação.
• Qualquer tipo de sangramento (nariz, gengiva, fezes, vômito, vaginal).
• Tontura forte, sensação de desmaio, especialmente ao levantar.
• Sonolência excessiva, dificuldade para acordar ou irritabilidade fora do comum.

A regra de ouro é: apareceu um sinal de alarme, não espere! Vá imediatamente para um serviço de urgência. O tempo é um fator crítico na dengue grave. O atraso em buscar ajuda após o início dos sinais de alarme aumenta drasticamente o risco de choque, falência de órgãos e morte.

Lembre-se: a vigilância deve ser máxima justamente quando a febre começa a baixar (entre o 3º e 7º dia). Não se engane pensando que a melhora da febre significa que o perigo passou. É exatamente nesse período que os sinais de alarme costumam aparecer. Fique atento!

Atenção Especial às Crianças: Sintomas Perigosos e Riscos Elevados

As crianças, e em particular os bebês e aquelas com menos de 2 anos de idade, formam um grupo que exige atenção redobrada durante uma epidemia de dengue. Elas são consideradas um grupo de risco para desenvolver complicações mais rapidamente.

Identificar os crianças sintomas dengue perigosos pode ser um desafio maior para pais e cuidadores, pois os pequenos nem sempre conseguem expressar claramente o que estão sentindo. Além dos sinais de alarme gerais válidos para adultos, é preciso estar atento a manifestações específicas em crianças:

• Choro Persistente e Irritabilidade Excessiva: Um bebê ou criança que chora sem parar, de forma inconsolável, mesmo quando é pego no colo ou confortado, pode estar sinalizando dor ou mal-estar intenso. A irritabilidade extrema também é um sinal de alerta.
• Letargia Acentuada: A criança fica muito “molinha”, sonolenta demais, difícil de acordar para mamar ou interagir. Parece sem forças, com uma moleza extrema. Isso é diferente do cansaço normal e pode indicar gravidade.
• Recusa de Líquidos e Alimentos: Se a criança se recusa a mamar, beber água ou aceitar outros líquidos e alimentos, o risco de desidratação se torna altíssimo e muito rápido.
• Vômitos Frequentes: Assim como nos adultos, vômitos que não param são perigosos e levam à desidratação.
• Dor Abdominal: A criança pode não conseguir dizer que está com dor na barriga, mas pode manifestar isso através de choro intenso e contínuo, gemidos, ou colocando a mãozinha sobre a barriga repetidamente.
• Sangramentos: Observe atentamente se há sangramento nas gengivas (mesmo que discreto), no nariz, ou o aparecimento de pequenas manchas roxas ou pontos vermelhos na pele (petéquias).

Por que o risco é maior em crianças pequenas? Seus corpos têm reservas menores e mecanismos de compensação menos eficientes. A desidratação pode se instalar muito rapidamente, e a evolução para o choque hipovolêmico também pode ser mais súbita do que em adultos.

Portanto, a orientação é clara: qualquer sinal de alarme (geral ou específico para crianças) em uma criança com suspeita de dengue exige uma avaliação médica imediata em um serviço de urgência. Não hesite em procurar ajuda.

Dengue, Zika ou Chikungunya? Entenda as Diferenças Atuais

Com a circulação simultânea de três arboviroses transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, é comum haver confusão entre os sintomas. Entender a diferença sintomas dengue zika chikungunya atual pode ajudar na suspeita inicial, embora o diagnóstico definitivo muitas vezes precise de confirmação médica e laboratorial. Vamos comparar as características predominantes de cada uma, com foco no cenário de 2024:

Dengue (Foco 2024):

• Febre: Alta (39-40°C), de início súbito. É o sintoma mais marcante no início.
• Dores: Muito intensas no corpo (mialgia) e na cabeça (cefaleia, retro-orbital). Dores articulares (artralgia) também são comuns.
• Manchas na Pele (Rash): Geralmente surgem após alguns dias de febre (3º ao 6º dia), podem ou não coçar.
• Principal Risco: Evolução para quadros graves com sinais de alarme (dor abdominal, vômitos, sangramentos, tontura, letargia) e choque. Risco de óbito é significativo se não tratada a tempo.

Zika:

• Febre: Geralmente baixa (subfebril) ou até mesmo ausente. Se presente, dura pouco.
• Dores: Dores articulares e musculares leves a moderadas. Dor de cabeça menos intensa.
• Manchas na Pele (Rash): Costuma ser o primeiro sintoma, aparece logo no início, é mais disseminado pelo corpo e geralmente coça bastante (pruriginoso).
• Outros Sinais Comuns: Conjuntivite não purulenta (olhos vermelhos sem secreção), inchaço leve nas articulações.
• Principal Risco: Complicações neurológicas (Síndrome de Guillain-Barré em adultos) e microcefalia em bebês de mães infectadas durante a gestação. O risco de morte direta pela infecção aguda é baixo.

Chikungunya:

• Febre: Alta (acima de 39°C), de início súbito.
• Dores: A característica principal são as dores articulares (artralgia) muito intensas, frequentemente incapacitantes, afetando principalmente mãos, punhos, tornozelos e pés (poliartralgia). Essa dor pode persistir por meses ou anos (fase crônica). Dores musculares também ocorrem.
• Manchas na Pele (Rash): Comuns, semelhantes às da dengue, podem aparecer nos primeiros dias.
• Principal Risco: A dor articular crônica, que pode levar a uma incapacidade prolongada e impactar a qualidade de vida. O risco de choque e óbito é bem menor que na dengue, mas pode ocorrer em grupos de risco.

É importante notar que uma pessoa pode ser infectada por mais de um desses vírus ao mesmo tempo (coinfecção), o que pode tornar o quadro clínico mais complexo. Na dúvida, e sempre que houver suspeita de qualquer uma dessas doenças, a avaliação médica é indispensável para o diagnóstico correto e o manejo adequado.

Prevenção e Cuidados Gerais: O Que Fazer?

Enquanto enfrentamos a epidemia, a prevenção e os cuidados adequados para quem já está doente são essenciais.

Prevenção (Combate ao Mosquito):

• Eliminar Água Parada: A medida mais eficaz é acabar com os criadouros do Aedes aegypti. Verifique semanalmente e elimine água acumulada em vasos de plantas, pneus, garrafas, calhas, lajes e qualquer outro recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas d’água bem vedadas.
• Uso de Repelentes: Aplique repelentes registrados na ANVISA nas áreas expostas do corpo, seguindo as instruções do fabricante, especialmente durante o dia, período de maior atividade do mosquito.
• Telas e Mosquiteiros: Use telas em portas e janelas e mosquiteiros sobre as camas, principalmente para bebês e pessoas acamadas.
• Roupas Protetoras: Em áreas de alta transmissão, considere usar calças compridas e blusas de manga longa, de preferência de cores claras.

Cuidados para Quem Está com Dengue:

• Repouso: O descanso é fundamental para a recuperação do corpo.
• Hidratação Abundante: Esta é a medida mais importante! Beba muitos líquidos: água, soro caseiro (preparado corretamente), água de coco, sucos de frutas naturais (evitar os muito ácidos se houver dor de estômago). A quantidade deve ser orientada pelo médico, mas geralmente é bem elevada (vários litros por dia para adultos). A hidratação ajuda a prevenir a evolução para formas graves.
• Alimentação Leve: Opte por alimentos de fácil digestão.

ALERTA CRUCIAL: NÃO SE AUTOMEDIQUE!

• Nunca tome medicamentos por conta própria se suspeitar de dengue.
• EVITE ABSOLUTAMENTE medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Doril, etc.) e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, naproxeno, cetoprofeno, entre outros. Esses medicamentos podem interferir na coagulação do sangue e aumentar o risco de hemorragias e complicações graves.
• Para aliviar a febre e a dor, use APENAS medicamentos prescritos pelo médico, que geralmente são paracetamol ou dipirona, sempre respeitando a dose e o intervalo recomendados. Mesmo esses devem ser usados com cautela e sob orientação médica, especialmente em pacientes com problemas no fígado (paracetamol) ou alergias (dipirona).

Conclusão: Informação e Ação Rápida Salvam Vidas

A situação da dengue no Brasil em 2024 é grave e exige atenção máxima de todos. Os sintomas atuais dengue alerta não podem ser ignorados. A informação correta é nossa maior aliada neste momento.

Embora reconhecer os sintomas comuns como febre e dores seja importante para buscar uma avaliação inicial, a mensagem central deste guia é a identificação precoce dos sinais de alarme. Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, tonturas ao levantar, ou alterações como sonolência excessiva ou irritabilidade, especialmente após a febre ceder, são sinais de que a doença pode estar evoluindo para uma forma grave.

O chamado à ação é claro e urgente: ao identificar QUALQUER um desses sinais de alarme, procure atendimento médico IMEDIATAMENTE. Não hesite, não espere. Cada minuto conta para um tratamento eficaz e para aumentar as chances de um desfecho favorável.

Além disso, vamos reforçar as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti em nossas casas e comunidades e seguir rigorosamente as orientações médicas sobre repouso, hidratação e medicação segura caso sejamos diagnosticados com dengue. A conscientização e a ação rápida são fundamentais para superarmos juntos esta epidemia.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quais são os sintomas comuns da dengue em 2024?

Os sintomas mais comuns incluem febre alta (39°C a 40°C) de início súbito, dor de cabeça intensa (especialmente atrás dos olhos), dores fortes no corpo e articulações (“quebra ossos”), manchas vermelhas na pele (rash) que podem aparecer após alguns dias, e fadiga ou mal-estar intenso.

Quais são os sinais de alarme da dengue que exigem atenção médica urgente?

Os sinais de alarme incluem: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes (que impedem a hidratação), acúmulo de líquidos (inchaço, ascite, derrame pleural), tontura forte ou sensação de desmaio (hipotensão postural), letargia (sonolência excessiva) ou irritabilidade incomum, dor no fígado à palpação, qualquer sangramento de mucosas (nariz, gengiva, vaginal, vômito com sangue, fezes com sangue), e aumento progressivo do hematócrito no exame de sangue. A presença de qualquer um destes sinais exige ida imediata ao pronto-socorro.

Quando devo procurar um médico se suspeitar de dengue?

Você deve procurar um serviço de saúde (posto, UPA) assim que surgirem os primeiros sintomas compatíveis com dengue para diagnóstico e orientações iniciais. A busca por atendimento de URGÊNCIA (hospital, pronto-socorro) é obrigatória e imediata se aparecer qualquer um dos sinais de alarme mencionados acima, especialmente quando a febre começar a baixar.

O que NÃO devo tomar se estiver com dengue?

NÃO TOME medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina) ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, naproxeno. Eles aumentam o risco de sangramentos. Use apenas paracetamol ou dipirona para febre e dor, conforme prescrição médica.

Como diferenciar Dengue, Zika e Chikungunya?

Dengue: Febre alta, dores muito intensas no corpo/cabeça, risco de sinais de alarme e choque. Zika: Febre baixa ou ausente, rash com coceira intensa desde o início, conjuntivite. Risco principal é neurológico ou para gestantes (microcefalia). Chikungunya: Febre alta, dor articular extremamente intensa e incapacitante (pode cronificar). Risco de choque é menor.

Por que a hidratação é tão importante na dengue?

A hidratação abundante (água, soro caseiro, água de coco) é crucial porque na dengue grave ocorre o extravasamento de plasma (parte líquida do sangue) para fora dos vasos sanguíneos. Beber muitos líquidos ajuda a manter o volume sanguíneo adequado, prevenindo a desidratação, a hemoconcentração e a evolução para o choque hipovolêmico, que é a complicação mais temida.

As crianças correm mais risco com a dengue? Quais sinais observar?

Sim, especialmente bebês e crianças menores de 2 anos são grupo de risco. Além dos sinais de alarme gerais, observe: choro persistente e inconsolável, irritabilidade excessiva, letargia acentuada (“moleza” extrema, dificuldade para acordar), recusa em beber líquidos ou comer, vômitos frequentes, dor abdominal manifestada por choro ou gemidos, e qualquer sangramento.