Inteligência Artificial no Diagnóstico Médico
19 de abril de 2025O Estado Atual da Pesquisa Sobre os Sintomas de Long COVID: Novas Descobertas e O Que a Ciência Está Investigando
19 de abril de 2025
“`html
Novas Terapias Doenças Neurodegenerativas
Tempo estimado de leitura: 12 minutos
Principais Conclusões
- Doenças neurodegenerativas (DNDs) causam perda progressiva de neurônios, impactando milhões globalmente.
- Tratamentos históricos focavam nos sintomas; a pesquisa atual busca modificar o curso da doença.
- A barreira hematoencefálica e a compreensão incompleta dos mecanismos são desafios chave.
- Novos medicamentos para Alzheimer (Lecanemab, Donanemab) visam a proteína amiloide e mostram modesta desaceleração da progressão.
- A pesquisa em Parkinson foca em alfa-sinucleína, terapia gênica, imunoterapia e neuroproteção.
- Terapias inovadoras como terapia gênica, ASOs e células-tronco estão em desenvolvimento, mas muitas são experimentais.
- Estudos clínicos são essenciais para validar a segurança e eficácia de novas terapias, apesar das altas taxas de falha.
- O futuro inclui diagnóstico precoce, terapias combinadas, medicina de precisão e novos alvos terapêuticos.
Índice
- Novas Terapias Doenças Neurodegenerativas
- Panorama Atual: O Cenário Desafiador das Doenças Cerebrais
- Descobertas Recentes: Progressos Notáveis em Alzheimer e Parkinson
- Tratamento de Alzheimer: Detalhes sobre Medicamentos com Aprovação Recente
- Tratamento de Parkinson: Explorando a Pesquisa e Abordagens Promissoras
- Terapias Inovadoras: Um Olhar Aprofundado na Terapia Gênica e Outras Modalidades Avançadas
- O Caminho da Pesquisa: A Relevância dos Estudos Clínicos
- O Futuro dos Tratamentos: Perspectivas e Esperanças
- Perguntas Frequentes
A busca por novas terapias doenças neurodegenerativas é uma corrida urgente e essencial no mundo da ciência e da medicina hoje. Milhões de pessoas em todo o planeta são afetadas por condições que gradualmente roubam suas memórias, movimentos e habilidades. A necessidade de tratamentos mais eficazes nunca foi tão grande.
Doenças neurodegenerativas, ou DNDs, são um grupo de condições que causam a perda progressiva de células nervosas, chamadas neurônios, no cérebro e na medula espinhal. Pense nos neurônios como os fios elétricos e interruptores do seu corpo que controlam tudo o que você pensa, sente e faz. Quando esses neurônios morrem ou param de funcionar, as conexões se perdem, levando a problemas sérios.
Exemplos comuns dessas doenças incluem a Doença de Alzheimer, a Doença de Parkinson, a Esclerose Múltipla (EM) e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Cada uma ataca o sistema nervoso de uma maneira ligeiramente diferente, mas o resultado é sempre uma deterioração gradual das funções do corpo ou da mente.
O impacto dessas doenças é devastador. Pacientes enfrentam uma perda progressiva de habilidades, como lembrar, mover-se, falar ou até respirar. Isso causa um sofrimento imenso para eles e para suas famílias, que muitas vezes assumem o papel de cuidadores. O custo para a sociedade também é enorme, tanto em termos de cuidado de saúde quanto de perda de produtividade.
Por muito tempo, os tratamentos disponíveis apenas ajudavam a lidar com os sintomas. Eles podiam tornar a vida um pouco mais fácil no dia a dia, mas não impediam que a doença piorasse. A busca atual vai muito além disso. Cientistas e médicos estão trabalhando para encontrar maneiras de retardar, interromper ou até mesmo reverter a progressão dessas doenças.
Esta postagem vai mergulhar nos progressos notáveis que foram feitos e explorar as novas terapias doenças neurodegenerativas que estão sendo desenvolvidas e, em alguns casos, já aprovadas, oferecendo uma nova esperança para o futuro.
Panorama Atual: O Cenário Desafiador das Doenças Cerebrais
Nosso cérebro é incrivelmente complexo. Ele tem bilhões de células nervosas que se comunicam de maneiras complicadas, formando uma rede intrincada que controla tudo. Essa complexidade, embora maravilhosa, torna a pesquisa e o desenvolvimento de terapias para doenças cerebrais (doenças neurológicas) um desafio enorme.
Um grande obstáculo é algo chamado barreira hematoencefálica. Pense nisso como um guarda-costas muito rigoroso que protege o cérebro de substâncias nocivas no sangue. Essa barreira é ótima para nos proteger de infecções, mas também dificulta a chegada de muitos medicamentos importantes ao cérebro, onde eles precisam agir.
Outro desafio é que, para muitas DNDs, os mecanismos subjacentes – o que exatamente causa o problema no nível celular e molecular – ainda não são totalmente compreendidos. É difícil consertar algo quando você não sabe exatamente como ele quebrou.
Historicamente, o cenário de tratamentos para a maioria das doenças neurodegenerativas tem sido focado no alívio dos sintomas. Por exemplo, medicamentos para Parkinson podem ajudar com tremores, mas não param a perda de neurônios que causa esses tremores a longo prazo. Esses tratamentos não abordam as causas fundamentais da doença nem alteram seu curso natural.
Diante dessa realidade, há uma necessidade premente de avanços científicos doenças cerebrais. Precisamos de mais pesquisa básica para desvendar novas vias patológicas – os caminhos que a doença segue dentro do cérebro. Precisamos identificar biomarcadores precoces – sinais no corpo que podem nos dizer que a doença está começando, mesmo antes que os sintomas apareçam. E precisamos, crucialmente, desenvolver abordagens terapêuticas que realmente modifiquem a doença, em vez de apenas mascarar seus efeitos.
Descobertas Recentes: Progressos Notáveis em Alzheimer e Parkinson
Apesar dos desafios, os últimos anos trouxeram avanços importantes na compreensão e tratamento das DNDs mais comuns. Houve descobertas alzheimer parkinson que estão mudando o jogo da pesquisa.
Avanços na Doença de Alzheimer
Por muito tempo, a pesquisa de Alzheimer se concentrou principalmente nas placas de beta-amiloide – aglomerados de proteína pegajosa que se acumulam no cérebro. No entanto, a ciência expandiu muito o foco.
Hoje, os pesquisadores também investigam o papel de outras proteínas, como a proteína tau, que forma “emaranhados” dentro dos neurônios, prejudicando seu funcionamento.
A neuroinflamação, que é a inflamação no cérebro, também é vista como um fator importante. O sistema imunológico do cérebro (células chamadas glia) pode se tornar hiperativo e danificar os neurônios.
A disfunção metabólica, problemas com a forma como as células cerebrais usam energia, e fatores genéticos também estão sob investigação intensa.
Curiosamente, até mesmo a conexão entre o intestino e o cérebro (o eixo intestino-cérebro) está sendo explorada como um possível fator que influencia o desenvolvimento e a progressão da doença de Alzheimer.
No entanto, as descobertas mais tangíveis que levaram a novas terapias ainda se concentram principalmente em abordagens que visam a remoção da proteína amiloide agregada. Isso não significa que os outros focos de pesquisa não sejam importantes, mas a amiloide tem sido o alvo mais bem-sucedido até agora para terapias modificadoras da doença.
Avanços na Doença de Parkinson
Na Doença de Parkinson, os avanços também foram significativos. Uma compreensão melhor do papel da proteína alfa-sinucleína tem sido fundamental. Essa proteína se acumula e forma aglomerados chamados corpos de Lewy dentro dos neurônios, especialmente nas áreas que controlam o movimento.
A identificação de variantes genéticas de risco, como mutações nos genes LRRK2 e GBA, ajudou os cientistas a entender melhor quem pode ter um risco maior de desenvolver a doença e como ela pode começar no nível molecular.
Assim como no Alzheimer, a pesquisa também está explorando a conexão entre o microbioma intestinal (as bactérias que vivem no nosso intestino) e a progressão da doença de Parkinson. Há evidências de que problemas intestinais podem surgir anos antes dos sintomas motores e podem estar ligados à alfa-sinucleína.
Novas abordagens para Parkinson visam ir além do controle dos sintomas motores, como tremores e rigidez. Os pesquisadores estão focando em manifestações não motoras, como problemas de sono, humor e cognição. E, crucialmente, o objetivo principal é encontrar maneiras de neuroproteção – proteger os neurônios que ainda estão saudáveis ou retardar a perda dos neurônios afetados. Essas descobertas alzheimer parkinson estão pavimentando o caminho para tratamentos mais eficazes e completos.
Tratamento de Alzheimer: Detalhes sobre Medicamentos com Aprovação Recente
Um marco realmente importante na pesquisa de Alzheimer aconteceu recentemente com a aprovação de novos medicamentos. Esses medicamentos alzheimer aprovação marcam uma nova era, pois são os primeiros a tentar mudar o curso da doença, em vez de apenas tratar os sintomas.
Lecanemab (nome comercial: Leqembi)
Este medicamento foi desenvolvido pelas empresas Eisai e Biogen. O Lecanemab é o que chamamos de anticorpo monoclonal. Pense em um anticorpo como uma pequena proteína feita pelo seu corpo para encontrar e se ligar a coisas específicas, como vírus ou bactérias, para que seu sistema imunológico possa lidar com eles. Um anticorpo monoclonal é uma versão feita em laboratório desse anticorpo, projetado para se ligar a um alvo muito específico no corpo – neste caso, agregados (pequenos grupos) da proteína beta-amiloide no cérebro. Ele se liga tanto aos agregados solúveis (que flutuam) quanto aos insolúveis (que formam placas), ajudando o corpo a removê-los.
Um estudo clínico de fase 3 muito importante chamado CLARITY AD testou o Lecanemab em pacientes com Alzheimer em estágio inicial (pessoas com problemas de memória leves ou um tipo leve de demência devido ao Alzheimer). Os resultados mostraram que o tratamento levou a uma redução modesta, mas estatisticamente significativa, do declínio nas funções cognitivas (pensamento, memória) e funcionais (habilidade de realizar tarefas diárias). Embora a melhora não seja uma cura e a doença continue a progredir, ela progrediu mais lentamente nos pacientes que receberam o medicamento.
Donanemab
Outro medicamento promissor é o Donanemab, desenvolvido pela Eli Lilly. Ele também é um anticorpo monoclonal, mas tem um alvo ligeiramente diferente. O Donanemab foca mais na remoção das placas de amiloide que já se formaram e se estabeleceram no cérebro.
O estudo clínico de fase 3 para o Donanemab, chamado TRAILBLAZER-ALZ 2, também envolveu pacientes em estágio inicial de Alzheimer. Os resultados deste estudo também mostraram uma desaceleração significativa no declínio cognitivo e funcional. Em alguns aspectos, os resultados pareciam potencialmente comparáveis ou até melhores que os do Lecanemab. No entanto, como todos os medicamentos poderosos, o Donanemab também vem com riscos de efeitos colaterais que precisam ser cuidadosamente gerenciados.
O Significado dessas Aprovações
A aprovação desses medicamentos representa um verdadeiro “paradigma shift”, ou seja, uma grande mudança na forma como pensamos sobre o tratamento de Alzheimer. Eles são os primeiros tratamentos que demonstraram a capacidade de modificar o curso da doença. Isso é diferente de apenas tratar os sintomas. Eles agem em uma das causas subjacentes do Alzheimer, que é o acúmulo da proteína amiloide (amiloidose).
É importante notar que o benefício clínico observado com esses medicamentos é modesto. Eles desaceleram a progressão, mas não a param nem a revertem completamente. Além disso, existem riscos de efeitos colaterais, sendo o mais notável as Anormalidades de Imagem Relacionadas a Amiloide, conhecidas como ARIA. A ARIA pode se apresentar como inchaço no cérebro (edema) ou pequenos sangramentos (micro-hemorragias), e precisam ser monitoradas com exames de ressonância magnética.
Apesar do benefício modesto e dos riscos, as aprovações do Lecanemab e Donanemab são enormes. Elas validam a estratégia de atacar o acúmulo de amiloide nos estágios iniciais da doença. Isso abre um caminho promissor para futuras terapias. Os pesquisadores agora estão mais confiantes de que atacar as causas biológicas do Alzheimer é possível. Isso motiva a busca por medicamentos que possam ser ainda mais eficazes, ter menos efeitos colaterais, ou que possam ser usados em combinação para atingir múltiplos aspectos da doença. Esses são passos cruciais no desenvolvimento de novos tratamentos para esta doença desafiadora.
Tratamento de Parkinson: Explorando a Pesquisa e Abordagens Promissoras
A pesquisa tratamento parkinson é um campo muito ativo e diversificado. Ao contrário do Alzheimer, que teve recentemente aprovações focadas na amiloide, a pesquisa para Parkinson aborda muitos ângulos diferentes ao mesmo tempo, buscando tanto aliviar os sintomas quanto, o mais importante, retardar ou parar a progressão da doença.
Terapias Visando Alfa-Sinucleína
Assim como a amiloide é um alvo no Alzheimer, a proteína alfa-sinucleína é um alvo chave no Parkinson. O acúmulo e a propagação dessa proteína parecem ser centrais para a doença. Pesquisas estão desenvolvendo várias abordagens para lidar com ela. Isso inclui:
- Vacinas: Buscando ensinar o sistema imunológico a reconhecer e remover a forma anormal da alfa-sinucleína.
- Anticorpos Monoclonais: Semelhante ao que está sendo feito para Alzheimer, mas projetados para se ligar à alfa-sinucleína, ajudando a impedir que ela se agrupe, promovendo sua remoção ou bloqueando sua propagação de uma célula nervosa para outra.
Essas terapias visam ir à raiz do problema, impedindo que a proteína tóxica cause mais danos.
Gene Terapia para Parkinson
A gene terapia é uma área de pesquisa muito interessante e promissora para Parkinson. Ela envolve a introdução de material genético (pedaços de DNA ou RNA) nas células do paciente para tratar ou prevenir uma doença. Para Parkinson, várias estratégias estão sendo investigadas:
- Aumentar a Produção de Neurotransmissores: Uma estratégia é entregar genes que ajudam as células a produzir ou usar mais eficientes os neurotransmissores que faltam no Parkinson, como a dopamina. Por exemplo, alguns estudos visam aumentar a conversão de levodopa (um medicamento comum) em dopamina no cérebro.
- Fornecer Fatores Neurotróficos: Outra abordagem é entregar genes que produzem fatores neurotróficos. Estes são como “alimentos” ou “protetores” para os neurônios – proteínas que ajudam as células nervosas a sobreviver, crescer e funcionar melhor. O fator neurotrófico derivado da linhagem glial (GDNF) é um exemplo que tem sido estudado.
- Mirar Genes Específicos: Para pacientes com formas genéticas de Parkinson, como aquelas causadas por mutações nos genes LRRK2 ou GBA, a gene terapia pode visar esses genes específicos para corrigir o problema subjacente ou compensar sua disfunção.
Imunoterapias e Neuroinflamação
A pesquisa também está explorando o papel do sistema imunológico e da neuroinflamação – a inflamação crônica no cérebro – na doença de Parkinson. Parece que uma resposta imune desregulada pode contribuir para a perda de neurônios. Imunoterapias em desenvolvimento para Parkinson buscam modular essa resposta imune, acalmando a inflamação ou direcionando o sistema imunológico para remover proteínas tóxicas, oferecendo assim neuroproteção.
Novas Moléculas Pequenas
Além das terapias baseadas em proteínas grandes (como anticorpos) ou genes, a pesquisa também continua a desenvolver novas moléculas pequenas – medicamentos químicos tradicionais. Esses fármacos visam outras vias patológicas que podem contribuir para o Parkinson, como problemas na forma como as células geram energia (disfunção mitocondrial), danos causados por estresse oxidativo (desequilíbrio de substâncias químicas na célula) ou problemas nas vias de autofagia (o processo de “limpeza” celular).
Estratégias Não Farmacológicas
Não podemos esquecer das abordagens não medicamentosas. A pesquisa tem se aprofundado nos benefícios do exercício físico regular e de certas modificações dietéticas no manejo dos sintomas de Parkinson e, potencialmente, no retardo da progressão da doença. Embora não sejam “novas terapias” no sentido de medicamentos, a compreensão científica de como essas estratégias impactam a biologia da doença está crescendo e se tornando uma parte importante da abordagem de tratamento. A pesquisa tratamento parkinson é, portanto, uma combinação de ciência de ponta com a melhoria das estratégias de cuidado já existentes.
Terapias Inovadoras: Um Olhar Aprofundado na Terapia Gênica e Outras Modalidades Avançadas
A busca por tratamentos inovadores para doenças neurológicas nos leva a explorar modalidades de ponta. Entre elas, a terapia gênica doenças neurológicas se destaca como uma das mais promissoras, embora também seja uma das mais complexas e desafiadoras.
O Que É Terapia Gênica?
De forma simples, a terapia gênica é como adicionar ou corrigir o “código de instruções” das nossas células. Ela envolve a introdução de material genético, como pedaços de DNA ou RNA, nas células do paciente. O objetivo é usar esse material genético para tratar ou prevenir uma doença, geralmente fazendo com que a célula produza uma proteína útil que falta, ou impedindo que ela produza uma proteína prejudicial, ou corrigindo um gene defeituoso.
Aplicações da Terapia Gênica em Pesquisa para DNDs
A terapia gênica doenças neurológicas está sendo ativamente investigada para diversas DNDs com várias estratégias:
- Entrega de Fatores Neurotróficos: Como mencionado para Parkinson, isso envolve usar terapia gênica para fazer com que as células cerebrais produzam fatores neurotróficos. Essas proteínas são essenciais para a saúde e o crescimento dos neurônios. A ideia é que aumentar os níveis dessas proteínas no cérebro possa proteger os neurônios da degeneração ou ajudar os neurônios danificados a se recuperar. O GDNF para Parkinson é um exemplo bem estudado.
- Correção ou Modulação Genética: Para doenças onde um gene defeituoso é a causa primária, a terapia gênica pode tentar corrigir esse gene ou modular sua atividade. Isso é relevante para formas genéticas de DNDs, como certos tipos de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), algumas formas de Parkinson ligadas a mutações como LRRK2 e GBA, ou a Doença de Huntington. Técnicas como o uso de ASOs (Antisense Oligonucleotides) entram aqui. ASOs são pequenas moléculas sintéticas que podem se ligar a sequências específicas de RNA e, com isso, “desligar” ou diminuir a produção de proteínas defeituosas ou tóxicas. A tecnologia CRISPR/Cas9, que funciona como uma “tesoura molecular” para editar genes, também é uma área de pesquisa excitante, mas seu uso para corrigir genes diretamente dentro do cérebro humano (uso in vivo) ainda enfrenta grandes desafios de segurança e entrega.
- Redução da Produção de Proteínas Tóxicas: Em muitas DNDs, o problema é o acúmulo de uma proteína específica que se torna tóxica. A terapia gênica ou o uso de ASOs podem ser usados para silenciar o gene que produz essa proteína. Exemplos incluem mirar o gene que produz a proteína tau em Alzheimer, a huntingtina na Doença de Huntington, ou a SOD1 em alguns tipos de ELA. Ao reduzir a quantidade da proteína tóxica, espera-se diminuir o dano aos neurônios.
Outras Modalidades Avançadas
Além da terapia gênica, outras modalidades avançadas estão sendo exploradas:
- Terapias com Células-Tronco: A ideia é usar células-tronco para substituir neurônios perdidos ou para fornecer suporte neuronal. No entanto, essa área ainda é amplamente experimental e carrega sérios riscos fora de ensaios clínicos rigorosos.
- Anticorpos Monoclonais com Outros Alvos: Desenvolvimento de anticorpos para atacar outros alvos além da amiloide e alfa-sinucleína, como a proteína tau, proteínas inflamatórias e outras proteínas agregadas.
- Antisense Oligonucleotides (ASOs): Pequenas moléculas que modulam a expressão gênica, com potencial para diminuir a produção de proteínas problemáticas. Já existem ASOs aprovados para outras doenças neurológicas e vários estão em teste para DNDs.
Essas terapias inovadoras representam a vanguarda da pesquisa em doenças neurológicas. Embora complexas, elas têm o potencial de atacar as causas fundamentais dessas doenças de maneiras totalmente novas.
O Caminho da Pesquisa: A Relevância dos Estudos Clínicos
Toda nova terapia, seja um pequeno comprimido, uma injeção de anticorpo ou uma terapia gênica complexa, precisa passar por um processo rigoroso antes de poder ser usada em pacientes. Esse processo são os estudos clínicos neurodegeneração. Eles são, sem dúvida, a espinha dorsal do desenvolvimento de novas terapias e abordagens de tratamento.
Por que eles são tão importantes? É através dos estudos clínicos que a segurança (se o tratamento é seguro para as pessoas) e a eficácia (se o tratamento realmente funciona para tratar a doença) de tratamentos experimentais são cuidadosamente avaliadas em seres humanos.
O caminho desde a descoberta de uma nova ideia no laboratório até um tratamento disponível para os pacientes é longo e desafiador. Existem diferentes fases nos estudos clínicos:
- Fase I: Foco principal na segurança e dosagem em um pequeno grupo.
- Fase II: Exploração da eficácia e refino da dosagem em um grupo maior de pacientes.
- Fase III: Confirmação da eficácia em larga escala, comparando com placebo ou tratamento padrão, e monitoramento de efeitos colaterais.
Somente após um tratamento demonstrar ser seguro e eficaz em estudos de Fase III, ele pode ser considerado para aprovação pelas agências regulatórias de saúde.
A imensa relevância dos estudos clínicos neurodegeneração é clara: eles são o único meio pelo qual novas opções de tratamento podem chegar aos pacientes que delas precisam. A participação dos pacientes e de seus familiares é crucial para o avanço da ciência.
No entanto, o caminho é difícil. A taxa de falha em estudos clínicos para DNDs é historicamente muito alta, frequentemente acima de 90% em algumas fases. Isso ressalta a complexidade dessas condições. Cada estudo, mesmo aqueles que falham, fornece informações valiosas. Os estudos clínicos neurodegeneração são um passo indispensável no caminho para encontrar curas e tratamentos melhores.
O Futuro dos Tratamentos: Perspectivas e Esperanças
Olhando para o futuro das novas terapias doenças neurodegenerativas, há motivos para otimismo, embora com a cautela que a complexidade dessas doenças exige. Os avanços recentes oferecem uma esperança concreta que não existia há alguns anos.
Quais são as perspectivas e esperanças para o futuro?
- Diagnóstico Mais Precoce e Preciso: Desenvolvimento de biomarcadores (em sangue, LCR, imagem) para identificar a doença antes dos sintomas graves, permitindo intervenção precoce.
- Terapias Combinadas: Uso de múltiplos tratamentos que atacam diferentes aspectos da doença simultaneamente (ex: anti-amiloide + anti-tau + anti-inflamatório).
- Medicina Personalizada/Precisão: Adaptação dos tratamentos com base no perfil genético, biomarcadores e estágio da doença do paciente individual.
- Novos Alvos Terapêuticos: Investigação de alvos emergentes como disfunção sináptica, metabolismo lipídico e função das células glia (microglia, astrócitos).
- Melhores Métodos de Entrega: Desenvolvimento de tecnologias (ultrassom focado, nanopartículas) para transportar medicamentos, especialmente terapias complexas, através da barreira hematoencefálica de forma mais eficaz e menos invasiva.
Reafirmamos que, embora a cura completa para muitas DNDs ainda seja um objetivo futuro, os avanços recentes oferecem uma esperança palpável. A pesquisa está acelerada, impulsionada pela tecnologia e por uma colaboração global crescente. Tudo isso promete um futuro onde as doenças neurodegenerativas possam ser prevenidas, tratadas de forma muito mais eficaz do que hoje, e talvez, um dia, curadas. As novas terapias doenças neurodegenerativas não são mais um sonho distante, mas uma realidade em desenvolvimento rápido.
Perguntas Frequentes
1. Quais são os novos medicamentos aprovados para Alzheimer mencionados?
Os dois principais medicamentos recentemente aprovados (ou em processo final de aprovação em algumas regiões) que visam modificar a doença de Alzheimer são o Lecanemab (Leqembi) e o Donanemab. Ambos são anticorpos monoclonais que ajudam a remover a proteína beta-amiloide do cérebro. Eles demonstraram desacelerar modestamente o declínio cognitivo e funcional em pacientes nos estágios iniciais da doença.
2. A terapia gênica já é um tratamento padrão para Parkinson ou Alzheimer?
Não, a terapia gênica para doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento clínico. Embora haja estudos promissores em andamento que exploram diferentes abordagens (como entrega de fatores neurotróficos ou silenciamento de genes tóxicos), ainda não é um tratamento padrão disponível para a maioria dos pacientes. Há desafios significativos relacionados à segurança, eficácia a longo prazo e métodos de entrega ao cérebro.
3. O que são ARIA e por que são importantes nos novos tratamentos para Alzheimer?
ARIA significa Anormalidades de Imagem Relacionadas a Amiloide (Amyloid-Related Imaging Abnormalities). São efeitos colaterais potenciais observados com terapias que removem amiloide do cérebro, como Lecanemab e Donanemab. ARIA pode se manifestar como edema (inchaço, ARIA-E) ou micro-hemorragias (pequenos sangramentos, ARIA-H) no cérebro. Embora muitas vezes sejam assintomáticas, podem ser graves. Por isso, pacientes que recebem essas terapias precisam de monitoramento regular com ressonância magnética para detectar e gerenciar ARIA.
“`