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19 de abril de 2025A Revolução da IA no Diagnóstico de Doenças: Avanços, Desafios e o Futuro da IA na Saúde
19 de abril de 2025
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Avanço em Tratamento Alzheimer: Tudo Sobre o Medicamento Novo Alzheimer Que Traz Esperança
Tempo estimado de leitura: 9 minutos
Principais Conclusões
- Um medicamento novo Alzheimer, chamado Lecanemab (Leqembi), representa um avanço significativo no tratamento.
- Ele atua removendo placas de beta-amiloide no cérebro, uma das causas da doença.
- Estudos mostram que o Lecanemab pode desacelerar o declínio cognitivo e funcional em cerca de 27% em pacientes com Alzheimer em estágio inicial.
- O tratamento não é uma cura e é destinado apenas a pacientes nos estágios iniciais (MCI ou demência leve) com amiloide confirmado.
- Existem riscos de efeitos colaterais, como ARIA (Anormalidades de Imagem Relacionadas ao Amiloide), que exigem monitoramento por ressonância magnética.
- O medicamento foi aprovado pela FDA nos EUA e pela Anvisa no Brasil, mas o alto custo e os critérios de elegibilidade apresentam desafios de acesso.
Índice
- Introdução: A Urgência por um Avanço
- O Medicamento Novo Alzheimer em Destaque
- Como Funciona Novo Remédio Alzheimer?
- Eficácia Novo Tratamento Alzheimer: O Que Dizem os Estudos?
- Efeitos Colaterais Novo Tratamento Alzheimer e Segurança
- Aprovação Novo Tratamento Alzheimer e Disponibilidade
- Custo Tratamento Alzheimer Novo e Acesso
- O Que Este Avanço em Tratamento Alzheimer Significa para o Futuro
- Perguntas Frequentes (FAQ)
Introdução: A Urgência por um Avanço
O Avanço em tratamento Alzheimer é uma das notícias mais importantes para milhões de pessoas em todo o mundo. A doença de Alzheimer é um desafio imenso, e qualquer medicamento novo Alzheimer que mostre um benefício real acende uma chama de esperança. Neste artigo, vamos detalhar tudo o que se sabe sobre este avanço recente que tem gerado tanta expectativa.
Primeiro, vamos entender o que é a doença de Alzheimer. É uma condição no cérebro que piora com o tempo. Ela afeta a memória das pessoas, a forma como elas pensam e se comportam.
Com o tempo, o Alzheimer pode fazer com que a pessoa esqueça coisas importantes, tenha dificuldade para falar ou fazer tarefas do dia a dia.
O impacto dessa doença vai além da pessoa doente. Afeta profundamente suas famílias e quem cuida com elas. A necessidade de novos tratamentos que possam realmente fazer a diferença é urgente.
Felizmente, houve um Avanço em tratamento Alzheimer que chamou muita atenção. Este avanço se concentra em um medicamento novo Alzheimer que age de uma maneira diferente.
Nos próximos tópicos, vamos explorar quem fez este medicamento, como ele funciona, o que os estudos mostram sobre sua eficácia, quais são os possíveis efeitos colaterais, se ele já foi aprovado e como é a questão do custo e acesso.
Este é um momento importante na luta contra o Alzheimer, e é fundamental entender o que este novo tratamento significa.
O Medicamento Novo Alzheimer em Destaque
O medicamento novo Alzheimer que está no centro deste Avanço em tratamento Alzheimer se chama Lecanemab. Seu nome comercial é Leqembi.
Este remédio foi desenvolvido por duas empresas farmacêuticas: a japonesa Eisai e a americana Biogen.
É importante notar que o Lecanemab faz parte de uma nova geração de terapias. Ele não é como os remédios mais antigos para Alzheimer.
Os tratamentos anteriores focavam principalmente em ajudar a controlar os sintomas da doença, como problemas de memória ou comportamento. Eles não conseguiam parar ou retardar a progressão da doença em si.
O Lecanemab é diferente. Ele foi criado para atacar uma das causas subjacentes do Alzheimer. O objetivo é ir à raiz do problema, não apenas tratar os sintomas.
Essa abordagem representa uma grande mudança na forma como pensamos sobre o tratamento do Alzheimer. Em vez de apenas gerenciar os efeitos, a ideia é interferir no processo da doença.
Este medicamento novo Alzheimer é um anticorpo monoclonal. Isso significa que é um tipo de proteína feita em laboratório. Ele foi desenhado especificamente para encontrar e se ligar a uma substância no cérebro que parece ser crucial para o desenvolvimento do Alzheimer.
Sua chegada marca um passo importante, mudando o foco para terapias que modificam o curso da doença.
[Fonte Simulada: Comunicado de Imprensa da Eisai e Biogen]
[Fonte Simulada: Notícia da Reuters sobre o Lançamento]
Como Funciona Novo Remédio Alzheimer?
Para entender como funciona novo remédio Alzheimer, precisamos falar sobre o que acontece no cérebro de pessoas com a doença. Uma das principais características do Alzheimer é o acúmulo de proteínas anormais.
Uma dessas proteínas se chama beta-amiloide. No cérebro saudável, essa proteína é eliminada. Mas no cérebro com Alzheimer, ela se acumula e forma “placas” pegajosas.
Imagine essas placas como lixo que se acumula nas ruas. Com o tempo, esse lixo (as placas de amiloide) começa a atrapalhar o funcionamento normal das células do cérebro, os neurônios. Acredita-se que esse acúmulo seja tóxico e cause danos, levando aos sintomas do Alzheimer.
O Lecanemab age diretamente nessas placas de beta-amiloide. Ele é um anticorpo que foi feito para se prender às formas solúveis e insolúveis (fibrilas e placas) do beta-amiloide.
Uma vez que o Lecanemab se prende às placas, ele ajuda o próprio sistema de limpeza do corpo (o sistema imunológico) a removê-las do cérebro.
Pense nisso como um sistema de limpeza especial que usa o Lecanemab para marcar o “lixo” (as placas de amiloide) para que ele possa ser retirado. Ao remover ou reduzir a quantidade dessas placas, a esperança é que isso diminua o dano aos neurônios.
Por atuar na causa subjacente (a patologia amiloide), este tratamento é considerado um tratamento modificador da doença. Isso é diferente dos remédios sintomáticos, que apenas ajudam com os sintomas sem alterar o curso da doença no cérebro.
Remover o amiloide não reverte o dano que já aconteceu. Mas, ao retardar o acúmulo de novas placas e remover as existentes, a ideia é diminuir a velocidade com que a doença avança e causa mais estragos nos neurônios.
O mecanismo de ação deste remédio para Alzheimer é um marco, pois é um dos primeiros a mostrar que limpar o amiloide pode ter um benefício clínico para os pacientes.
É importante ressaltar que a teoria amiloide não é a única explicação para o Alzheimer, mas a remoção dessas placas é um alvo promissor. O Lecanemab foi projetado para ter alta afinidade pelas formas mais tóxicas do amiloide.
Este processo de limpeza amiloide acontece gradualmente ao longo do tratamento. Não é algo que acontece da noite para o dia. O tratamento com Lecanemab é administrado por infusão intravenosa (diretamente na veia), geralmente a cada duas semanas.
Ao entender como funciona novo remédio Alzheimer, vemos que ele representa uma estratégia totalmente nova para enfrentar esta doença devastadora.
[Fonte Simulada: Publicação no New England Journal of Medicine – Estudo Clarity AD]
[Fonte Simulada: Artigo Científico sobre o Mecanismo de Ação]
Eficácia Novo Tratamento Alzheimer: O Que Dizem os Estudos?
A eficácia novo tratamento Alzheimer com Lecanemab foi o ponto chave que gerou tanto otimismo. Os resultados vêm principalmente de um grande estudo clínico de fase 3, chamado Clarity AD.
Este estudo envolveu quase 1.800 pessoas com Alzheimer. Mas não foram todas as pessoas com Alzheimer. Os pacientes incluídos tinham a doença em estágio inicial. Isso significa que eles tinham Comprometimento Cognitivo Leve (MCI) devido ao Alzheimer ou Demência Leve por Alzheimer.
Além disso, era crucial que esses pacientes tivessem a patologia amiloide confirmada em seus cérebros. Isso geralmente é feito através de exames de PET scan para amiloide ou análise do líquido cefalorraquidiano (obtido por punção lombar). A confirmação do amiloide era necessária porque o medicamento age diretamente nessas placas. Exames como testes de sangue para Alzheimer e outros biomarcadores também estão sendo pesquisados e desenvolvidos para o diagnóstico confirmado de Alzheimer.
O estudo Clarity AD comparou o tratamento com Lecanemab (infusão a cada 2 semanas) com um placebo (uma substância sem efeito, dada para comparação) ao longo de 18 meses.
O principal resultado medido foi a velocidade do declínio cognitivo e funcional. Isso foi avaliado usando uma escala chamada CDR-SB (Clinical Dementia Rating Sum of Boxes). Essa escala mede o quão bem uma pessoa consegue realizar atividades diárias e como está sua memória, julgamento e resolução de problemas.
Os dados concretos mostraram que o Lecanemab desacelerou o declínio cognitivo e funcional em aproximadamente 27% em comparação com as pessoas que receberam placebo ao longo dos 18 meses.
O que essa porcentagem de 27% significa na prática para o paciente? Significa que, em média, os pacientes tratados com Lecanemab mantiveram suas habilidades cognitivas e funcionais por um período mais longo em comparação com aqueles sem o tratamento.
Por exemplo, se uma pessoa no grupo placebo levava 18 meses para atingir um certo nível de declínio na escala CDR-SB, uma pessoa no grupo Lecanemab levaria, em média, mais tempo (algo como 22 a 23 meses) para atingir o mesmo nível.
Isso pode se traduzir em mais tempo de independência. Pode significar mais meses ou até um ano a mais em que a pessoa consegue se vestir sozinha, gerenciar suas finanças básicas, reconhecer seus familiares e amigos ou participar de conversas de forma mais ativa.
É fundamental entender que o medicamento não curou o Alzheimer. Ele não reverteu o dano já existente. O declínio ainda ocorreu no grupo que recebeu Lecanemab, mas ocorreu a uma velocidade significativamente menor.
Essa desaceleração, embora modesta, é considerada clinicamente significativa porque afeta diretamente as habilidades que importam na vida diária. É a primeira vez que um tratamento que remove amiloide demonstra claramente esse tipo de benefício em um grande estudo de fase 3.
Os resultados do estudo Clarity AD foram publicados em uma das revistas médicas mais respeitadas do mundo.
[Fonte Simulada: Publicação no New England Journal of Medicine – Estudo Clarity AD]
[Fonte Simulada: Relatório da FDA sobre a Eficácia do Lecanemab]
Efeitos Colaterais Novo Tratamento Alzheimer e Segurança
Ao considerar qualquer Avanço em tratamento Alzheimer, é crucial entender os possíveis efeitos colaterais novo tratamento Alzheimer e seu perfil de segurança. O Lecanemab, como qualquer medicamento potente, apresenta riscos.
Nos ensaios clínicos, alguns efeitos adversos foram mais comuns. Estes incluem:
- Reações relacionadas à infusão: Como o medicamento é dado na veia, algumas pessoas podem ter reações no local da infusão ou sintomas como febre, calafrios, dor muscular ou dificuldade para respirar durante ou logo após a infusão. Geralmente, essas reações são leves a moderadas.
- Dor de cabeça: Muitos pacientes no estudo relataram dor de cabeça.
No entanto, existem efeitos colaterais sérios que exigem atenção e monitoramento rigoroso. O mais importante é um grupo de achados nas ressonâncias magnéticas do cérebro, chamado Anormalidades de Imagem Relacionadas ao Amiloide (ARIA).
As ARIA acontecem porque, ao remover as placas de amiloide que também podem estar depositadas nos vasos sanguíneos do cérebro, isso pode causar fragilidade ou inflamação temporária.
Existem dois tipos principais de ARIA:
- ARIA-E (ARIA com Edema): Isso significa inchaço temporário em certas áreas do cérebro. No estudo Clarity AD, ARIA-E foi observada em aproximadamente 12.6% dos pacientes tratados com Lecanemab.
- ARIA-H (ARIA com Hemorragia): Isso se refere a pequenos sangramentos no cérebro, que podem ser micro-sangramentos (muito pequenos) ou hemorragias superficiais maiores. ARIA-H (incluindo micro-sangramentos) foi observada em aproximadamente 17.3% dos pacientes tratados com Lecanemab.
É importante saber que, na maioria dos casos (a grande maioria), a ARIA é leve ou não causa sintomas (assintomática). A pessoa pode nem saber que está ocorrendo, e ela geralmente se resolve com o tempo.
No entanto, a ARIA pode ser séria em alguns casos. Quando sintomática, pode causar dores de cabeça fortes, confusão, alterações visuais, tontura, náusea e, raramente, convulsões ou sintomas neurológicos mais graves que podem levar a deficiência.
Por causa do risco de ARIA, os pacientes que fazem tratamento com Lecanemab precisam passar por exames regulares de ressonância magnética (RM) do cérebro. O plano de tratamento geralmente inclui RMs antes de iniciar o tratamento e em momentos específicos durante os primeiros meses, que é quando o risco de ARIA é maior.
O médico deve avaliar cuidadosamente o risco de ARIA para cada paciente antes de iniciar o tratamento. Pacientes com certas condições pré-existentes ou aqueles que usam certos medicamentos (como alguns anticoagulantes) podem ter um risco aumentado. A presença de uma variação genética específica (ApoE4/ApoE4) também aumenta o risco de ARIA sintomática e mais grave.
Portanto, o monitoramento constante com RM é essencial para detectar a ARIA precocemente, mesmo que assintomática, e manejar o tratamento (pausar ou parar a infusão) se necessário.
A segurança do medicamento exige uma parceria próxima entre o paciente, cuidadores e a equipe médica, incluindo neurologistas e radiologistas.
[Fonte Simulada: Informações de Segurança da FDA para Leqembi (Lecanemab)]
[Fonte Simulada: Publicação no New England Journal of Medicine – Estudo Clarity AD – Seção de Segurança]
[Fonte Simulada: Website da Alzheimer’s Association sobre Novas Terapias]
Aprovação Novo Tratamento Alzheimer e Disponibilidade
A aprovação novo tratamento Alzheimer é um passo fundamental para que um medicamento inovador chegue aos pacientes. Para o Lecanemab (Leqembi), esse processo começou nos Estados Unidos.
A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de saúde dos EUA, concedeu inicialmente uma aprovação acelerada para o Lecanemab em janeiro de 2023.
A aprovação acelerada é um caminho regulatório nos EUA para medicamentos que tratam condições sérias e que demonstraram ter um efeito promissor em um desfecho substituto que provavelmente prevê um benefício clínico. No caso do Lecanemab, o desfecho substituto foi a remoção significativa de placas de amiloide no cérebro, conforme mostrado em estudos anteriores.
Para converter a aprovação acelerada em uma aprovacão tradicional completa, as empresas precisavam confirmar o benefício clínico do medicamento em um estudo maior. O estudo Clarity AD forneceu essa confirmação, mostrando a desaceleração do declínio cognitivo e funcional (o benefício clínico).
Com base nos resultados do Clarity AD, a FDA concedeu a aprovacão tradicional completa para o Lecanemab em julho de 2023. Isso significa que a agência confirmou que o medicamento é seguro e eficaz para o uso pretendido com base em evidências clínicas robustas.
Nos Estados Unidos, a aprovação tradicional completa foi importante para a cobertura do medicamento pelo Medicare (o plano de saúde do governo para idosos e pessoas com certas deficiências).
Fora dos EUA, o processo de aprovação varia.
Na Europa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) está revisando o medicamento. A decisão final da EMA sobre a aprovação na União Europeia ainda está pendência ou foi tomada recentemente, dependendo do momento exato. É um processo rigoroso que avalia dados de eficácia e segurança.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também realizou sua própria análise. A Anvisa concedeu a aprovação para o Lecanemab (Leqembi) em dezembro de 2023. Esta aprovação no Brasil é um marco importante para os pacientes no país.
A disponibilidade real do medicamento após a aprovação pode levar algum tempo. Envolve processos de precificação, negociação com sistemas de saúde (públicos e privados), e logística de distribuição e infraestrutura nas clínicas e hospitais.
Assim, embora aprovado em mercados importantes como EUA e Brasil, o acesso generalizado ainda enfrenta desafios e depende de etapas adicionais em cada país.
[Fonte Simulada: Website da FDA – Comunicado de Aprovação do Leqembi]
[Fonte Simulada: Notícia Oficial da Anvisa sobre a Aprovação do Lecanemab]
[Fonte Simulada: Relatório de Status da EMA sobre o Lecanemab]
Custo Tratamento Alzheimer Novo e Acesso
Um dos maiores desafios para o medicamento novo Alzheimer, como o Lecanemab, é o seu custo tratamento Alzheimer novo e as questões de acesso que daí derivam. Terapias inovadoras, especialmente aquelas para doenças complexas como o Alzheimer, tendem a ser caras.
Nos Estados Unidos, o preço de tabela anual estimado para o Lecanemab foi fixado em cerca de US$ 26.500 por ano (dólares americanos). Este valor é o preço do medicamento em si e não inclui os custos adicionais associados ao tratamento.
Os custos adicionais são significativos e incluem:
- Custos de administração: O medicamento é administrado por infusão intravenosa a cada duas semanas, geralmente em uma clínica ou hospital. Isso envolve taxas pelo local, pelo pessoal de saúde que realiza a infusão, etc.
- Custos de monitoramento: São necessárias ressonâncias magnéticas regulares para monitorar a ARIA. O custo desses exames de imagem também se soma ao total.
- Consultas médicas: As visitas frequentes ao neurologista ou especialista para acompanhamento.
Com todos esses custos combinados, o valor total do tratamento anual por paciente pode ser consideravelmente maior do que apenas o preço do medicamento.
Essa despesa alta cria desafios econômicos enormes:
- Cobertura por planos de saúde privados: Muitos planos podem exigir autorização prévia, impor co-pagamentos altos ou ter critérios de elegibilidade restritivos.
- Cobertura por sistemas de saúde pública: No Brasil, por exemplo, a inclusão de um medicamento de alto custo como o Lecanemab no Sistema Único de Saúde (SUS) requer uma avaliação pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Essa comissão analisa a relação custo-benefício e o impacto orçamentário. Mesmo que seja recomendado, a disponibilidade e a implementação podem levar tempo e variar por região.
- Acesso para quem não tem seguro ou tem cobertura limitada: O alto custo torna o tratamento inacessível para muitos sem assistência financeira substancial.
Além do custo, o acesso também é limitado pelos critérios de elegibilidade rigorosos para receber o tratamento. O Lecanemab foi estudado e aprovado apenas para pacientes que atendem a certos requisitos:
- Diagnóstico confirmado de Alzheimer em estágio inicial: Pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (MCI) ou Demência Leve devido ao Alzheimer. Não é para estágios moderados ou avançados da doença.
- Evidência confirmada de patologia amiloide no cérebro: Isso significa que o acúmulo de placas de amiloide deve ser confirmado por um exame de PET scan específico para amiloide ou por análise do líquido cefalorraquidiano (punção lombar). Estes exames em si têm custos e podem não estar amplamente disponíveis em todas as regiões.
Finalmente, a infraestrutura necessária para administrar o tratamento e realizar o monitoramento também é um fator de acesso. Nem todos os hospitais ou clínicas estão equipados para realizar infusões regulares e têm acesso fácil e rápido a equipamentos de ressonância magnética com radiologistas experientes em interpretar achados sutis como a ARIA.
Portanto, mesmo com a aprovação, garantir que os pacientes certos possam acessar o tratamento de forma equitativa é um desafio complexo que envolve negociações de preço, políticas de reembolso e desenvolvimento de infraestrutura de saúde.
[Fonte Simulada: Notícia da Reuters sobre o Preço do Leqembi]
[Fonte Simulada: Relatório da Kaiser Family Foundation sobre Cobertura do Medicare]
[Fonte Simulada: Informação da Anvisa sobre Aprovação e Próximos Passos no Brasil]
O Que Este Avanço em Tratamento Alzheimer Significa para o Futuro
Este Avanço em tratamento Alzheimer, centrado no medicamento Lecanemab, é um marco inegável na luta contra essa doença complexa. Pela primeira vez, temos um tratamento que, ao atuar na causa subjacente (as placas de amiloide), demonstrou um benefício clínico modesto: retardar a velocidade do declínio cognitivo e funcional em pacientes selecionados com a doença em estágio inicial.
Isso representa um passo significativo para milhões de famílias que buscam esperança. É a prova de que é possível intervir no processo da doença e fazer uma diferença perceptível, mesmo que pequena, na vida dos pacientes.
No entanto, é vital manter uma perspectiva realista. O Lecanemab não é uma cura para o Alzheimer. Ele não para a progressão da doença completamente, apenas a desacelera. O benefício, embora estatisticamente e clinicamente significativo, é considerado modesto.
Além disso, o tratamento apresenta desafios importantes. Vimos que existem efeitos colaterais que exigem monitoramento cuidadoso, especialmente a ARIA. O custo é muito alto, o que levanta sérias questões sobre a acessibilidade e a equidade no acesso ao tratamento. A elegibilidade é restrita a pacientes no estágio inicial com amiloide confirmado, o que significa que a grande maioria das pessoas vivendo com Alzheimer hoje não se qualificam para este tratamento específico.
Apesar dessas limitações, o sucesso do Lecanemab abre portas imensas para o futuro da pesquisa em Alzheimer. Ele valida a ideia de que remover o amiloide pode ser uma estratégia eficaz e encoraja a pesquisa em:
- Outros medicamentos anti-amiloide, talvez com diferentes mecanismos ou perfis de segurança/eficácia (como o Donanemab, que também mostrou resultados promissores na remoção de amiloide).
- Combinações de terapias: Será que combinar um medicamento anti-amiloide com outro que ataque outras causas do Alzheimer (como a proteína tau ou a inflamação) pode ser mais eficaz?
- Identificação e tratamento em estágios ainda mais precoces: Se remover o amiloide no estágio inicial ajuda, será que remover antes mesmo que os sintomas apareçam poderia prevenir a doença?
- Novas abordagens terapêuticas que não se concentram apenas no amiloide.
Em última análise, a decisão sobre iniciar o tratamento com Lecanemab ou qualquer outra terapia deve ser feita em consulta individual com um médico especialista – um neurologista ou geriatra com experiência em Alzheimer. Eles são os profissionais mais qualificados para avaliar se o paciente atende aos critérios de elegibilidade, discutir em detalhes os potenciais benefícios em comparação com os riscos (incluindo os efeitos colaterais e a necessidade de monitoramento) e considerar as circunstâncias de vida do paciente e da família.
É fundamental que pacientes e cuidadores busquem informações atualizadas e confiáveis e tenham uma conversa aberta com seus profissionais de saúde sobre todas as opções de tratamento disponíveis e as implicações de cada uma.
Este Avanço em tratamento Alzheimer é um passo adiante, não o ponto final. Ele oferece esperança e aprendizado valioso que impulsionará a pesquisa futura, nos aproximando cada vez mais do objetivo de prevenir, tratar e, um dia, curar a doença de Alzheimer.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O Lecanemab (Leqembi) cura a doença de Alzheimer?
Não, o Lecanemab não cura o Alzheimer. Ele é um tratamento modificador da doença que demonstrou desacelerar a progressão do declínio cognitivo e funcional em pacientes com Alzheimer em estágio inicial. O declínio ainda ocorre, mas de forma mais lenta.
2. Quem pode tomar o Lecanemab?
O medicamento é aprovado para pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (MCI) ou Demência Leve devido à doença de Alzheimer, e que tenham confirmação da presença de placas de beta-amiloide no cérebro (por PET scan ou análise do líquor). Não é indicado para estágios mais avançados da doença ou para pessoas sem a patologia amiloide.
3. Quais são os principais riscos do Lecanemab?
O principal risco é a ARIA (Anormalidades de Imagem Relacionadas ao Amiloide), que pode causar inchaço (ARIA-E) ou sangramento (ARIA-H) no cérebro. Embora muitas vezes assintomática, a ARIA pode ser séria em alguns casos. Monitoramento regular com ressonância magnética é necessário. Outros efeitos colaterais comuns incluem reações à infusão e dor de cabeça.
4. O Lecanemab está disponível no Brasil?
Sim, a Anvisa aprovou o Lecanemab (Leqembi) no Brasil em dezembro de 2023. No entanto, a disponibilidade efetiva no mercado e o acesso via SUS ou planos de saúde dependem de processos adicionais de precificação, incorporação e logística.
5. Quanto custa o tratamento com Lecanemab?
O custo é elevado. Nos EUA, o preço anual do medicamento foi estimado em US$ 26.500, sem incluir os custos de infusão, monitoramento por RM e consultas médicas. O custo no Brasil ainda está sendo definido nos processos de precificação e incorporação.
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