Alerta de Saúde: Entenda o Aumento de Casos de Coqueluche no Brasil em 2024 e Como se Proteger

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Principais Conclusões

• Casos de coqueluche estão aumentando significativamente no Brasil em 2024.
• A doença é altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis.
• A vacinação é a principal forma de prevenção, sendo crucial para bebês, gestantes e adultos.
• A coqueluche pode ser especialmente grave para bebês menores de 6 meses.
• A imunidade diminui com o tempo, reforçando a necessidade de vacinação em adultos (dTpa).

O Brasil enfrenta um preocupante aumento de casos de coqueluche em 2024. Após anos de baixa incidência graças às campanhas de vacinação bem-sucedidas, diversos estados brasileiros estão reportando um crescimento significativo nas notificações desta doença altamente contagiosa.

Este cenário representa um alerta importante para a saúde pública nacional, destacando a necessidade urgente de reforçar a vigilância epidemiológica e, principalmente, manter altas coberturas vacinais em toda a população. O fato de o aumento não estar restrito a uma única região indica uma circulação mais ampla da bactéria pelo país.

Neste artigo completo, você encontrará informações essenciais sobre a coqueluche, incluindo sintomas atualizados para 2024, níveis de gravidade, métodos de prevenção – com ênfase especial na vacinação de adultos – e o calendário oficial de vacinação brasileiro. Para entender melhor sobre a importância da prevenção de doenças infecciosas em todas as faixas etárias, confira nosso artigo sobre o tema.

O Que é Coqueluche (Tosse Comprida)?

A coqueluche, também conhecida popularmente como “tosse comprida“, é uma infecção respiratória aguda altamente contagiosa que afeta principalmente a traqueia e os brônquios. O agente causador é uma bactéria chamada Bordetella pertussis.

A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com pessoas infectadas, quando estas:

• Falam
• Tossem
• Espirram

Um aspecto particularmente preocupante é que a doença apresenta maior contagiosidade durante sua fase inicial (catarral), antes mesmo do aparecimento das crises de tosse características. O período de incubação varia tipicamente entre 5 e 10 dias, podendo se estender até 21 dias em alguns casos.

Sem tratamento adequado, uma pessoa infectada pode transmitir a bactéria desde o final do período de incubação até várias semanas após o início dos sintomas. Para entender melhor sobre a importância do tratamento adequado e seus benefícios para a saúde, confira nosso artigo sobre como aliviar a dor ciática.

https://www.gov.br/saude/pt-br

Coqueluche Sintomas 2024: Identificando as Fases da Doença

Os sintomas da coqueluche em 2024 mantêm o padrão clássico da doença, desenvolvendo-se em três estágios distintos:

1. Estágio Catarral (1-2 semanas)

• Sintomas similares a um resfriado comum
• Febre baixa ou ausente
• Coriza
• Mal-estar geral
• Tosse seca leve que progride gradualmente
• IMPORTANTE: Esta é a fase de maior transmissibilidade

2. Estágio Paroxístico (2-6+ semanas)

• Tosse seca evolui para crises severas e súbitas (paroxismos)
• Crises mais intensas durante a noite
• Episódios múltiplos de tosse curta e rápida numa única expiração
• Inspiração forçada e prolongada com som agudo característico (“guincho“)
• Vômitos após as crises de tosse
• Exaustão física
• Possível cianose (coloração azulada) em lábios e dedos

3. Estágio de Convalescença (semanas a meses)

• Redução gradual das crises de tosse
• Diminuição na frequência e intensidade dos sintomas
• Tosse pode persistir por período prolongado
• Possível agravamento temporário durante outras infecções respiratórias

Para entender melhor sobre os sintomas de outras doenças infecciosas, como a gripe, confira nosso guia completo.

https://familia.sbim.org.br

Coqueluche é Grave? Entendendo os Riscos, Principalmente para Bebês

A resposta é clara: sim, a coqueluche pode ser extremamente grave, especialmente para bebês menores de 6 meses que ainda não completaram seu esquema vacinal primário.

Em bebês muito pequenos, a doença pode se apresentar de forma atípica e particularmente perigosa:

• Ausência do guincho característico
• Episódios de apneia (paradas respiratórias)
• Engasgos frequentes
• Cianose severa

Complicações graves em bebês podem incluir:

• Pneumonia secundária
• Convulsões
• Lesão cerebral por falta de oxigenação
• Desnutrição e desidratação graves
• Risco de óbito

É crucial destacar que, mesmo quando adolescentes e adultos apresentam sintomas mais leves, eles podem ser importantes fontes de transmissão para bebês vulneráveis. Para entender mais sobre como se proteger de outras doenças e infecções, incluindo a Covid-19, confira nosso artigo sobre Fadiga Crônica Pós-COVID: Guia Completo de Tratamentos e Recuperação.

https://portal.fiocruz.br

Vacina Coqueluche Adulto: Por Que é Crucial e Onde Encontrar?

A imunidade contra a coqueluche, seja ela adquirida naturalmente ou através da vacinação, diminui com o tempo. Por isso, a vacinação de adultos é fundamental por duas razões principais:

1. Proteção individual contra a doença e suas complicações
2. Implementação da estratégia “Cocoon” (Casulo) para proteger bebês vulneráveis

A vacina disponível é a dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto), que protege contra:

• Difteria
• Tétano
• Coqueluche

Onde encontrar a vacina:

No SUS (gratuita):

• Gestantes: Uma dose por gestação, após a 20ª semana
• Puérperas: Até 45 dias pós-parto (se não vacinadas na gestação)
• Profissionais de saúde específicos (UTI neonatal, maternidades)

Na Rede Privada:

• Disponível para adolescentes e adultos
• Necessita prescrição médica
• Presente em clínicas de vacinação credenciadas

Para mais informações sobre a importância da imunização em diferentes fases da vida, confira nosso artigo sobre a vacina da gripe e seus efeitos colaterais.

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche

Perguntas Frequentes

• Por que os casos de coqueluche estão aumentando no Brasil em 2024?

  O aumento pode estar relacionado a fatores como a queda na cobertura vacinal nos últimos anos e a circulação natural da bactéria. A diminuição da imunidade ao longo do tempo também contribui.

• Quem corre mais risco com a coqueluche?

  Bebês menores de 6 meses são o grupo de maior risco para complicações graves, incluindo pneumonia, convulsões e até óbito, pois ainda não completaram o esquema vacinal primário.

• Adultos precisam se vacinar contra coqueluche?

  Sim. A vacinação de adultos com a dTpa é crucial para a proteção individual e para proteger bebês (estratégia casulo). A vacina é especialmente recomendada para gestantes, puérperas e profissionais de saúde.