Alerta de Saúde: Entenda o Aumento dos Casos de Coqueluche no Brasil e Como se Proteger

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Principais Conclusões

• O Brasil está enfrentando um aumento preocupante nos casos de coqueluche (tosse comprida).
• A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria *Bordetella pertussis*.
• É especialmente perigosa para bebês menores de 1 ano, não vacinados ou com vacinação incompleta.
• A transmissão ocorre por gotículas respiratórias e contato próximo.
• A vacinação (Pentavalente, DTP, dTpa) é a principal forma de prevenção.
• Medidas adicionais como higiene das mãos e etiqueta respiratória são importantes.

O Brasil enfrenta atualmente um cenário preocupante com o aumento dos casos de coqueluche no Brasil. As autoridades de saúde alertam para a necessidade urgente de conscientização sobre esta doença infecciosa respiratória altamente contagiosa. O surto de coqueluche no Brasil reforça a importância vital da vacinação e de medidas preventivas adicionais para proteger a população, especialmente os mais vulneráveis.

O que é Coqueluche (Pertussis / Tosse Comprida)?

A coqueluche é uma infecção respiratória aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis. Esta bactéria age de forma específica no organismo:

• Se aloja na traqueia e brônquios
• Libera toxinas que causam inflamação
• Danifica os cílios respiratórios responsáveis pela limpeza
• Provoca acúmulo de muco espesso
• Dificulta a respiração

Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, a coqueluche é particularmente perigosa para bebês menores de 1 ano, especialmente aqueles não vacinados ou com esquema incompleto de vacinação.

[Fonte: CDC – Pertussis (Whooping Cough)]

Como Ocorre a Coqueluche Transmissão

A coqueluche transmissão acontece de forma extremamente contagiosa, principalmente através de:

1. Gotículas Respiratórias

   • Liberadas durante tosse, espirro ou fala
   • Contêm a bactéria Bordetella pertussis
   • São inaladas por pessoas próximas

2. Contato Próximo

   • Convivência prolongada com pessoa infectada
   • Compartilhamento de ambiente doméstico
   • Risco aumentado em ambientes fechados

O período mais crítico de transmissão ocorre nas fases iniciais da doença, antes mesmo do surgimento da tosse característica, podendo se estender por até 3 semanas após o início dos sintomas se não houver tratamento adequado.

[Fonte: WHO – Pertussis Guidelines]

Coqueluche Sintomas: Os Três Estágios da Doença

A doença se desenvolve em três estágios distintos:

1. Estágio Catarral (1-2 semanas)

• Febre baixa ou ausente
• Coriza
• Mal-estar
• Espirros
• Tosse seca leve
• Alta contagiosidade

2. Estágio Paroxístico (1-6 semanas)

• Tosse severa em crises súbitas
• Múltiplas tosses seguidas
• Som característico de “guincho”
• Vômitos após crises de tosse
• Em bebês: possível apneia (parada respiratória) e cianose (pele azulada)

3. Estágio de Convalescença (Semanas a meses)

• Diminuição gradual dos sintomas
• Tosse persistente
• Possível exacerbação por outras infecções

Complicações graves podem incluir:

• Pneumonia (principal causa de morte)
• Convulsões
• Danos cerebrais
• Desidratação
• Perda de peso
• Hérnias

[Fonte: American Academy of Pediatrics]

Coqueluche Prevenção: O Papel Fundamental da Vacinação

A vacinação é a forma mais segura e eficaz de coqueluche prevenção. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente:

1. Vacina Pentavalente

• Para bebês: 2, 4 e 6 meses
• Protege contra cinco doenças (Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e Hepatite B)
• Inclui proteção contra coqueluche

2. Vacina DTP (Tríplice Bacteriana)

• Reforços aos 15 meses
• Reforço aos 4 anos
• Mantém proteção na infância contra Difteria, Tétano e Coqueluche

3. Vacina dTpa (Tríplice Bacteriana Acelular do tipo Adulto)

• Para gestantes (a cada gestação, a partir da 20ª semana)
• Para profissionais de saúde e outras indicações específicas
• Estratégia “casulo”: vacinar adultos que convivem com bebês para protegê-los indiretamente

[Fonte: Ministério da Saúde]

Para mais informações sobre a importância da vacinação, confira nosso guia completo sobre Gripe: O Guia Completo Sobre Sintomas, Tratamento e Prevenção.

Vacina Coqueluche Onde Tomar

Você pode encontrar a vacina contra coqueluche em:

1. Postos de Saúde (UBS)

   • Gratuito pelo SUS
   • Segue o calendário do PNI
   • Disponível em todo o país

2. Clínicas Privadas de Vacinação

   • Podem oferecer vacinas acelulares (dTpa) para públicos não contemplados gratuitamente no PNI ou combinações diferentes
   • Opções adicionais de vacinas
   • Custo associado

3. Campanhas de Vacinação Específicas

   • Organizadas pelo governo em períodos específicos
   • Foco em grupos prioritários (ex: gestantes, profissionais de saúde)
   • Buscam aumentar a cobertura vacinal rapidamente

[Fonte: ANVISA]

Campanha Vacinação Coqueluche: Respondendo ao Surto

Diante do surto de coqueluche no Brasil, as campanhas de vacinação e a intensificação da vacinação de rotina têm como foco principal:

• Crianças com vacinas atrasadas
• Gestantes (fundamental para proteger o bebê nos primeiros meses)
• Profissionais de saúde (para evitar a transmissão em ambientes hospitalares)
• Contatos próximos de bebês (pais, avós, cuidadores – estratégia casulo)

A participação nas campanhas e a manutenção da vacinação em dia são cruciais para:

• Criar e manter a imunidade coletiva (“imunidade de rebanho”)
• Proteger os mais vulneráveis (bebês pequenos demais para serem vacinados)
• Controlar o surto atual e prevenir futuros

[Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde]

Medidas Adicionais de Proteção

Além da vacinação, adote estas medidas importantes de coqueluche prevenção:

1. Higiene das Mãos

   • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
   • Usar álcool em gel 70% quando água e sabão não estiverem disponíveis.
   • Especialmente importante antes de ter contato com bebês e crianças pequenas.

2. Etiqueta Respiratória

   • Cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar.
   • Descartar lenços usados imediatamente no lixo.
   • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos.

3. Isolamento quando necessário

   • Pessoas diagnosticadas com coqueluche devem seguir as orientações médicas de isolamento.
   • Evitar contato próximo com pessoas vulneráveis (bebês, gestantes, idosos, imunocomprometidos).
   • Completar o tratamento com antibióticos prescrito pelo médico, que reduz a transmissibilidade.

[Fonte: OMS]

Conclusão

O aumento dos casos de coqueluche no Brasil exige atenção e ação imediata de todos. A vacinação permanece como nossa principal ferramenta de proteção, especialmente para bebês e gestantes. Verifique sua caderneta de vacinação e a de seus filhos, e mantenha-a atualizada.

Para controlar o surto de coqueluche no Brasil, precisamos:

• Manter altas coberturas vacinais em todas as faixas etárias recomendadas.
• Adotar rigorosamente as medidas preventivas de higiene e etiqueta respiratória.
• Buscar atendimento médico aos primeiros sinais e sintomas suspeitos.
• Compartilhar informações confiáveis sobre a doença e a importância da vacinação.

Proteja-se e proteja quem você ama: vacine-se e incentive a vacinação em sua comunidade. A saúde coletiva depende do esforço individual.

[Fonte: Ministério da Saúde]

Para mais informações sobre como fortalecer seu sistema imunológico, confira nosso artigo sobre Vitamina D e Quedas em Idosos: Como Manter a Saúde Óssea e Prevenir Fraturas.

Para saber mais sobre o impacto da saúde mental em diversas condições, leia nosso artigo sobre Saúde Mental e Ciclo Menstrual: Como Ansiedade, Estresse e Depressão Podem Afetar o Seu Corpo.

Entenda a importância de um ambiente de trabalho saudável em nosso artigo sobre Saúde Mental no Trabalho: Como Cuidar do Bem-Estar e Manter a Produtividade.

Para entender mais sobre como as doenças se manifestam no corpo, leia nosso artigo sobre Dor Crônica em Idosos: Tratamento Natural e Abordagens Holísticas.

Saiba mais sobre os efeitos colaterais da vacinação em nosso artigo sobre Efeitos Colaterais da Vacina da Gripe: O Que Esperar e Como Lidar.

Perguntas Frequentes

Qual a diferença entre coqueluche e uma tosse comum?

A coqueluche causa crises de tosse severas, incontroláveis e seguidas, muitas vezes com um som de “guincho” ao inspirar. A tosse comum geralmente não tem essa característica paroxística intensa. Além disso, a coqueluche é causada por uma bactéria específica (*Bordetella pertussis*) e pode levar a complicações graves, especialmente em bebês.

A vacina contra coqueluche é 100% eficaz?

Nenhuma vacina é 100% eficaz, mas as vacinas contra coqueluche são altamente eficazes na prevenção da doença grave, hospitalização e morte. Mesmo que uma pessoa vacinada contraia a doença, os sintomas tendem a ser mais leves. A vacinação é a melhor forma de proteção disponível.

Gestantes devem se vacinar contra coqueluche?

Sim, é fundamental. A vacinação da gestante com a dTpa (idealmente entre a 20ª e 36ª semana) produz anticorpos que são passados para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida, quando ele é mais vulnerável e ainda não pode receber a vacina.

Quanto tempo dura a imunidade da vacina?

A proteção da vacina contra coqueluche diminui com o tempo. Por isso, são necessários os reforços na infância (aos 15 meses e 4 anos) e a vacinação com dTpa para gestantes e, em algumas situações, para outros adultos (especialmente aqueles que terão contato com bebês).

Adultos precisam se vacinar contra coqueluche?

Sim, especialmente gestantes (a cada gravidez) e adultos que convivem ou terão contato próximo com bebês recém-nascidos (pais, avós, cuidadores, profissionais de saúde). A vacinação de adultos (com dTpa) ajuda a prevenir que eles transmitam a doença para os bebês vulneráveis (estratégia casulo).