Aumento Casos Coqueluche Brasil: Um Alerta Urgente – Sintomas, Prevenção e Tratamento

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Principais Conclusões

• O Brasil enfrenta um aumento significativo de casos de coqueluche em 2024.
• A queda na cobertura vacinal e a baixa circulação da bactéria durante a pandemia são as principais causas.
• A coqueluche (*Bordetella pertussis*) é altamente transmissível e afeta o trato respiratório.
• Os sintomas evoluem em estágios: catarral (semelhante a resfriado), paroxístico (crises de tosse intensa) e convalescença.
• Bebês menores de 6 meses correm maior risco de complicações graves, incluindo apneia e óbito.
• A vacinação (Pentavalente, DTP, dTpa) é a forma mais eficaz de prevenção e está disponível no SUS.
• A vacinação de gestantes é crucial para proteger os recém-nascidos.

O Brasil enfrenta atualmente um preocupante aumento casos coqueluche em 2024, gerando um sério alerta de saúde pública. Este ressurgimento da doença tem múltiplas causas, sendo as principais a baixa circulação da bactéria Bordetella pertussis durante a pandemia de COVID-19 (devido ao distanciamento social) e, crucialmente, a queda nas coberturas vacinais no país.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e altamente transmissível que afeta o trato respiratório, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Dado o atual surto de coqueluche no Brasil, é fundamental compreender os sintomas, métodos de prevenção, riscos específicos para bebês, importância da vacinação e opções de tratamento disponíveis.

O Cenário Atual: Entendendo o Surto de Coqueluche no Brasil

O surto de coqueluche no Brasil tem mostrado números alarmantes em 2024. Segundo autoridades de saúde, há um crescimento expressivo nos casos confirmados e suspeitos em comparação com anos anteriores. São Paulo tem se destacado como uma das regiões com maior concentração de casos, embora a doença esteja presente em todo o território nacional.

A principal causa apontada para este ressurgimento é a queda significativa nas coberturas vacinais, especialmente da vacina Pentavalente (aplicada na infância) e dos reforços da DTP. Esta redução na imunização tem criado condições ideais para a propagação da doença.

Coqueluche Sintomas e Prevenção: Como Identificar e Agir Cedo

O reconhecimento precoce dos sintomas é crucial para buscar tratamento adequado e prevenir a disseminação da doença. A coqueluche se desenvolve em três estágios distintos:

Estágio Catarral (1 a 2 semanas)

• Sintomas similares ao resfriado comum
• Febre baixa ou ausente
• Coriza
• Mal-estar
• Tosse leve e seca que piora progressivamente, principalmente à noite
• IMPORTANTE: A pessoa já é altamente contagiosa nesta fase

Muitas vezes, os sintomas iniciais da coqueluche podem ser confundidos com os da gripe, por isso é importante estar atento à progressão da tosse.

Estágio Paroxístico (2 a 6 semanas ou mais)

• Tosse intensifica em crises súbitas e incontroláveis (paroxismos)
• 5 a 10 tosses rápidas numa única expiração
• Som agudo característico (“guincho”) ao inspirar após a crise
• Possíveis vômitos durante ou após as crises
• Possível cianose (pele/lábios azulados)
• Entre as crises, a pessoa pode parecer bem

Estágio de Convalescença (Semanas a meses)

• Diminuição gradual das crises em frequência e intensidade
• Tosse pode persistir por semanas ou meses
• Possível reativação por outras infecções respiratórias

O cansaço é uma queixa comum em diversas condições, e no caso da coqueluche, ele pode persistir mesmo após a fase aguda da doença.

Atenção Redobrada: A Gravidade da Coqueluche em Bebês

Os bebês com menos de 6 meses representam o grupo de maior risco para complicações graves e morte por coqueluche, especialmente aqueles não vacinados ou com esquema vacinal incompleto. Nestes casos, os sintomas podem se apresentar de forma diferente:

• Ausência do guincho característico
• Crises de tosse seguidas por apneia (parada respiratória)
• Cianose frequente
• Maior risco de complicações graves como:
  • Pneumonia
  • Convulsões
  • Lesão cerebral (encefalopatia)
  • Óbito

A hospitalização é frequentemente necessária para monitoramento contínuo e suporte respiratório adequado. A proteção deste grupo vulnerável começa ainda durante a gestação, através da vacinação da mãe.

Vacinação Coqueluche Brasil: Proteção Essencial Disponível no SUS

A vacinação é, comprovadamente, a forma mais eficaz de prevenção contra a coqueluche. No Brasil, todas as vacinas necessárias estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal inclui:

Vacina Pentavalente

• Protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B
• Doses aos 2, 4 e 6 meses de vida

Vacina DTP (Tríplice Bacteriana)

• Protege contra difteria, tétano e coqueluche
• Reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade

Vacina dTpa (Tríplice Bacteriana Acelular do tipo Adulto)

• Indicada para:
  • Todas as gestantes a cada gestação (a partir da 20ª semana)
  • Profissionais de saúde em maternidades e UTIs neonatais
  • Pessoas com contato próximo a recém-nascidos

A vacinação é uma medida preventiva crucial, e entender seus efeitos colaterais é importante para estar preparado. Para saber mais sobre os efeitos colaterais da vacina da gripe, que é comum e pode gerar dúvidas, acesse o link.

Tratamento Coqueluche: O Que Fazer Após o Diagnóstico

O tratamento da coqueluche é feito principalmente com antibióticos, que são mais eficazes quando iniciados precocemente, idealmente durante o estágio catarral ou no início do estágio paroxístico. Os antibióticos ajudam a reduzir a gravidade dos sintomas, diminuir o período de transmissibilidade e prevenir a propagação da doença para outras pessoas.

Além dos antibióticos, o tratamento pode incluir:

• Repouso: Descansar adequadamente é importante para a recuperação.
• Hidratação: Beber bastante líquido ajuda a fluidificar as secreções e prevenir a desidratação, especialmente se houver vômitos.
• Ambiente Calmo: Evitar irritantes como fumaça, poeira e perfumes, que podem desencadear crises de tosse.
• Cuidados Hospitalares: Bebês e casos graves podem necessitar de hospitalização para monitoramento, oxigenoterapia e aspiração de secreções.

É fundamental seguir as orientações médicas e completar todo o ciclo de antibióticos prescrito.

A Importância da Conscientização e Ação

O atual surto de coqueluche no Brasil serve como um lembrete urgente da importância da vacinação e da vigilância epidemiológica. Manter as cadernetas de vacinação atualizadas, especialmente de crianças e gestantes, é a principal ferramenta para controlar a doença e proteger os mais vulneráveis.

Além da vacinação, a notificação rápida de casos suspeitos às autoridades de saúde e a adoção de medidas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e cobrir a boca ao tossir, são essenciais para conter a disseminação da Bordetella pertussis.

A conscientização sobre os sintomas, a gravidade da doença (especialmente em bebês) e as formas de prevenção é crucial para que a população busque atendimento médico precoce e adote as medidas preventivas recomendadas.

Perguntas Frequentes (FAQs)

• O que é coqueluche?

  É uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, caracterizada por crises intensas de tosse.

• Por que está ocorrendo um surto no Brasil em 2024?

  Principalmente devido à queda nas taxas de vacinação nos últimos anos e à menor circulação da bactéria durante a pandemia de COVID-19, o que reduziu a imunidade natural da população.

• Como a coqueluche é transmitida?

  Através de gotículas de saliva eliminadas ao tossir, espirrar ou falar por uma pessoa infectada.

• A coqueluche é perigosa para adultos?

  Embora geralmente menos grave em adultos saudáveis, pode causar tosse prolongada e debilitante, além de complicações como pneumonia. Adultos também podem transmitir a doença para bebês vulneráveis.

• O que devo fazer se suspeitar que eu ou meu filho temos coqueluche?

  Procure atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento com antibióticos são fundamentais para reduzir a gravidade e a transmissão da doença.